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3R Petroleum planeja investir R$ 700 milhões em projetos de petróleo e gás nos campos de Macau e Salinas Cristal, na Bacia Potiguar

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 22/08/2023 às 09:40
Através da emissão das debêntures incentivadas, a 3R Petroleum não somente assegura financiamento para seus projetos na Bacia Potiguar, mas fortalece seu papel na indústria de petróleo e gás com investimentos nos campos de Macau e Salinas Cristal.
Foto: 3R Petroleum

Através da emissão das debêntures incentivadas, a 3R Petroleum não somente assegura financiamento para seus projetos na Bacia Potiguar, mas fortalece seu papel na indústria de petróleo e gás com investimentos nos campos de Macau e Salinas Cristal.

A 3R Petroleum está em processo de preparação para emitir debêntures incentivadas como parte de sua estratégia de financiamento voltada ao desenvolvimento dos campos de Macau e Salinas Cristal, situados na promissora Bacia Potiguar. Com o intuito de alavancar esses projetos, a empresa já deu entrada no Ministério de Minas e Energia (MME) para que sejam designados como investimentos prioritários, o que conferiria a vantagem de emitir debêntures com isenção de impostos.

Petroleira busca financiamento e isenções fiscais para desenvolver empreendimentos estratégicos na região

As debêntures incentivadas, instrumentos de dívida emitidos por empresas, representam uma opção viável para angariar fundos destinados a empreendimentos de infraestrutura.

Além disso, esses títulos oferecem benefícios fiscais, incluindo isenções ou reduções de impostos de renda sobre os ganhos obtidos.

A história de sucesso da 3R Petroleum em emissões de debêntures já é notável, com cinco emissões bem-sucedidas, sendo a mais recente ocorrida em junho, totalizando impressionantes R$ 2,4 bilhões em captação.

Estratégia financeira visa impulsionar o desenvolvimento dos campos de petróleo e fortalecer a posição da empresa no setor energético nacional

Os campos de Macau e Salinas Cristal foram adquiridos pela 3R Petroleum em 2019, quando a empresa adquiriu um pacote de sete campos terrestres da Petrobras por um montante de US$ 191,1 milhões.

Essa aquisição também incluiu campos como Aratum, Serra, Lagoa Aroeira, Porto Carão e Sanhaçu.

Naquela época, esses campos maduros estavam produzindo cerca de 5,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia).

No entanto, dados recentes da produção da 3R indicam que o Polo Macau, somente em julho de 2023, atingiu uma média de 6,5 mil boe/dia.

Uma característica singular desses ativos é sua localização, situados no limite entre mar e terra, com uma porção de seus reservatórios localizada em águas rasas.

Além disso, sua infraestrutura está integrada ao Polo Potiguar, também adquirido da Petrobras no estado do Rio Grande do Norte.

Essa aquisição foi concluída neste ano, tornando a 3R Petroleum a proprietária do Polo Guamaré e da refinaria Clara Camarão.

O que resultou em uma participação majoritária de empresas privadas na exploração de campos de óleo e gás natural no estado.

O investimento planejado para o Polo Macau está estimado em R$ 700 milhões.

Esse montante será direcionado para a revitalização e perfuração de novos poços, bem como para o aprimoramento da recuperação do óleo através da injeção de água e modernização da infraestrutura de processamento.

Entre os anos de 2021 e 2022, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou revisões nos planos de investimento, estendendo os contratos de exploração até o ano de 2052.

Investimentos da 3R Petroleum nos campos de Macau e Salinas Cristal, na Bacia Potiguar

Detalhando os projetos em questão, no campo de Macau, o plano envolve a revitalização e o redesenvolvimento, abrangendo a perfuração de 7 poços novos, 2 poços horizontais e 4 side-tracks horizontais.

Além de uma série de outras intervenções visando à otimização da recuperação do óleo e ao incremento da capacidade de processamento de fluidos das instalações de superfície.

O investimento estimado para este projeto será de R$ 521,7 milhões.

Já no campo de Salinas Cristal, o projeto compreende a revitalização e redesenvolvimento com diversas estratégias.

Como a implementação de novos métodos de produção de petróleo bruto, a construção de uma planta de separação óleo-água e injeção de água.

A adoção de projetos de injeção de água para recuperação secundária, substituição de sistemas de elevação por equipamentos mais eficientes, perfuração de novos poços para otimização da drenagem dos reservatórios e a realização de workovers com foco em novas áreas dos reservatórios.

O montante planejado para esse projeto será de R$ 179,5 milhões.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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