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2 minutos em vez de 2 horas: ponte mais alta do mundo tem torres de 625 metros, atravessa cânion na China e foi construída em apenas 3 anos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 15/10/2025 às 15:36
Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.
Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.
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Com 625 metros de altura e quase 3 quilômetros de extensão, a Huajiang Grand Canyon Bridge impressiona pela engenharia e promete revolucionar a mobilidade em uma das regiões montanhosas mais desafiadoras da China.

A China inaugurou a Huajiang Grand Canyon Bridge, estrutura que passa a liderar o ranking das pontes mais altas do planeta.

O vão rodoviário fica a 625 metros acima do leito do rio Beipan, no sul da província de Guizhou, reduzindo o deslocamento entre as margens de cerca de duas horas para apenas dois minutos.

A abertura ao tráfego ocorreu no fim de setembro, após um cronograma de obras de aproximadamente três anos.

O que torna a ponte um novo recorde mundial

A ponte é uma suspensão com quatro faixas que integra a rodovia S57 (Liuzhi–Anlong Expressway).

O conjunto tem 2.890 metros de extensão total e um vão principal de 1.420 metros.

Embora o título de “mais alta” se refira à distância entre o tabuleiro e o fundo do cânion, as torres que sustentam os cabos alcançam cerca de 262 metros.

A diferença de cota entre o pavimento e o rio é o que estabelece o recorde global.

Ainda que o título use a medida de 625 metros para as torres, tecnicamente esse número descreve a altura livre sobre o desfiladeiro.

No padrão internacional de engenharia de pontes, é essa medida — e não a altura dos pilares — que determina a liderança no ranking de pontes mais altas.

Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.
Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.

Onde fica e por que importa

Guizhou concentra alguns dos projetos de engenharia mais desafiadores da China.

A topografia montanhosa, com vales profundos e encostas íngremes, impõe soluções de grande porte para garantir conexão entre cidades e polos produtivos.

A nova ponte cruza o Grand Canyon de Huajiang, um dos trechos mais acidentados do curso do Beipan, encurtando trajetos e integrando regiões antes separadas por estradas sinuosas.

Dados oficiais apontam que quase metade das 100 pontes mais altas do mundo está localizada em Guizhou, o que explica a familiaridade da província com obras de grande complexidade.

No mesmo estado fica a ponte Beipanjiang (ou Duge), com 565 metros de altura livre, agora reposicionada como a segunda mais alta do planeta.

Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.
Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.

Como foi a construção

O empreendimento começou em 2022 e foi concluído em 2025, dentro da janela usual de megaprojetos desse porte.

A execução combinou grandes volumes de concreto, montagem de treliças metálicas e lançamento de cabos principais por sistemas de içamento em terreno de difícil acesso.

A logística incluiu o controle de ventos fortes no cânion e a estabilização de taludes, condições típicas de vales profundos.

A operação de testes de carga antecedeu a abertura, com monitoramento por fibras ópticas embutidas em parte dos cabos.

Esse acompanhamento contínuo fornece dados estruturais em tempo real, permitindo ajustes de operação e manutenção conforme o comportamento do conjunto ao longo do tempo.

Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.
Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.

Impacto imediato na mobilidade

A ponte foi projetada para converter um trajeto de duas horas em uma travessia de dois minutos.

Autoridades de transporte da província destacaram que a obra elimina curvas fechadas e desníveis que limitavam a velocidade nas rotas antigas.

O percurso agora é mais direto e previsível, beneficiando tanto o transporte de cargas quanto o deslocamento de trabalhadores e estudantes entre municípios vizinhos.

Turismo e serviços no alto do cânion

Além da função logística, a ponte foi concebida para atrair visitantes.

O projeto prevê passarela de vidro, áreas de observação, elevador panorâmico e cafeteria em um dos topos.

Modalidades de esportes de aventura, como bungee jumping e slackline, foram integradas como atividades licenciadas, com protocolos de segurança específicos.

A limitação diária de acesso às áreas turísticas foi definida para preservar a experiência e manter padrões de segurança.

Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.
Com 625 metros de altura, a ponte Huajiang Grand Canyon, na China, é a mais alta do mundo e reduz viagens de duas horas para dois minutos.

Comparação com outras referências

Em termos de altura livre, a Huajiang ultrapassa a Beipanjiang/Duge em 60 metros.

Em comprimento total, fica próxima de 3 quilômetros, com um vão central comparável a recordistas de ambientes montanhosos.

Já em “altura de torres”, outras pontes pelo mundo podem ser mais altas, mas não atingem a mesma diferença de nível entre o tabuleiro e o terreno abaixo, métrica que baliza o recorde atual.

Por que Guizhou concentra tantas pontes altas

A expansão econômica chinesa nas últimas décadas veio acompanhada de grandes investimentos em infraestrutura rodoviária e ferroviária.

Em Guizhou, uma malha crescente de dezenas de milhares de pontes venceu gargalos históricos de mobilidade em uma província de relevo montanhoso.

A combinação de demanda logística, financiamento público e domínio técnico criou um ambiente no qual soluções de engenharia extrema se tornaram rotina.

O que vem a seguir

Com a entrada em operação, a Huajiang deve redistribuir fluxos em corredores vizinhos, aliviar estradas antigas e estimular novos empreendimentos turísticos e comerciais nas duas margens.

Gestores locais projetam que a ponte funcione como eixo de integração de cultura, turismo e esportes de natureza, ampliando receitas regionais e consolidando o destino em roteiros nacionais e internacionais.

Enquanto a ponte ganha notoriedade mundial, o desafio passa a ser manter padrões de segurança e gestão de tráfego à altura do movimento que a obra tende a atrair.

Em paralelo, pesquisadores de transportes monitoram como projetos desse tipo reduzem tempos porta a porta, reconfiguram mercados de trabalho e encurtam distâncias econômicas em regiões de difícil acesso.

A estreia da ponte mais alta do mundo muda a forma de atravessar o cânion de Huajiang; a pergunta agora é como essa travessia expressa vai transformar a vida de quem mora e trabalha na região?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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