Os editais do programa Mais Médicos darão prioridade a profissionais da saúde brasileiros
O presidente da república revelou nesta segunda-feira (20) que o Ministério da Saúde vai retomar o antigo programa Mais Médicos. Dessa vez, o programa contará com mais profissionais da saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, além de receber investimentos do governo para construir e reformar Unidades Básicas.
O governo relançou o Mais Médicos com a promessa de abrir 15 mil vagas ainda neste ano – sendo 10 mil com contrapartida de financiamento dos municípios. De acordo com o G1, os próximos editais do programa de saúde darão prioridade a brasileiros, sejam formados no Brasil ou no exterior. Entretanto, o governo não descarta totalmente a contratação de médicos estrangeiros.
A meta é dobrar o número de profissionais da saúde que existem no programa
Criado em 2013, o Mais Médicos nunca foi encerrado oficialmente, mas sofreu redução de investimentos nas gestões Michel Temer e Jair Bolsonaro. A meta da nova versão do programa de saúde é dobrar a quantidade de profissionais participantes. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou que o edital de convocação para os 5 mil postos que já existem e estão desocupados deve ser divulgado nesta semana.
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“Ele está voltando agora com um cuidado excepcional, um cuidado muito grande. Nós queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros, formados adequadamente. Se não tiver condições, a gente vai querer médicos brasileiros formados no estrangeiro, ou médicos estrangeiros que trabalham aqui”, disse o atual presidente da república.
Governo afirma que o controle dos gastos públicos não irá mais limitar os programas de saúde
O presidente da república afirma que o controle dos gastos públicos não pode significar limitação dos programas sociais, como é o caso do Mais Médicos, por exemplo, ou atraso nos cronogramas de investimento. O governo federal deve divulgar nesta semana um novo arcabouço fiscal elaborado pela equipe econômica e que terá de passar pelo Congresso.
Se o novo arcabouço fiscal for aprovado, suas regras vão substituir o atual teto de gastos, que evita que o crescimento do gasto público seja maior que o da inflação. Assim, será permitida uma eventual explosão de gastos que aumenta a dívida do governo, gera inflação e também penaliza os mais pobres.
“Temos que mudar nosso conceito do que é gasto e do que é investimento. Tudo que é feito para educar o povo, para formar o povo, para cuidar da saúde do povo, a gente tem que ver sempre como investimento”, justificou o presidente da república.