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Você precisa ter muito cuidado ao abastecer seu carro em julho! Entenda o porquê

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/07/2025 às 20:11
Fique atento ao abastecer em julho! Fiscalização da qualidade dos combustíveis está suspensa e motoristas devem redobrar os cuidados nos postos.
Fique atento ao abastecer em julho! Fiscalização da qualidade dos combustíveis está suspensa e motoristas devem redobrar os cuidados nos postos.
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Motoristas de todo o Brasil enfrentam novo desafio ao abastecer em julho, devido à suspensão temporária da fiscalização dos combustíveis, elevando a atenção sobre a qualidade dos produtos vendidos nos postos. Situação exige cautela durante o mês.

A partir de 1º de julho, motoristas de todo o Brasil devem redobrar a atenção ao abastecer seus veículos devido à suspensão temporária do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC).

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante todo o mês de julho de 2025, não haverá fiscalização sistemática da qualidade da gasolina, etanol e diesel vendidos em postos do país.

O alerta ganha ainda mais importância diante do preço médio da gasolina, que alcançou R$ 6,23 por litro na última semana de junho, conforme levantamento oficial da ANP.

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A interrupção do monitoramento ocorre em um cenário de contenção orçamentária.

Dados da ANP indicam que, em 2013, o órgão possuía autorização para despesas discricionárias equivalentes a R$ 749 milhões (valor corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA).

Em 2024, esse valor caiu drasticamente para R$ 134 milhões, representando uma redução de 82%.

Para o ano de 2025, o orçamento inicial aprovado era de R$ 140,6 milhões, mas, após o Decreto nº 12.477 de 30 de maio de 2025, houve novo bloqueio de recursos, resultando em mais um corte de R$ 27,7 milhões e restringindo os recursos da agência a R$ 105,7 milhões.

Fiscalização da qualidade dos combustíveis: importância do monitoramento

O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis foi criado em 1998 e, desde então, realiza coletas mensais de amostras de gasolina, etanol e diesel em postos revendedores de todas as regiões do Brasil.

Essas amostras são sorteadas e enviadas ao Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da ANP (CPT), em Brasília, e para laboratórios parceiros em universidades e instituições especializadas.

O objetivo é verificar se os combustíveis atendem aos parâmetros técnicos estabelecidos pela agência.

Quando a fiscalização aponta comercialização de combustível fora das especificações ou com qualidade adulterada, os postos podem ser autuados, com multas que variam de R$ 20 mil a R$ 5 milhões.

Nos casos mais graves, os equipamentos podem ser lacrados, e o estabelecimento recebe uma faixa de identificação com a inscrição “INTERDITADO PELA ANP”.

A reabertura só ocorre após nova inspeção e autorização do órgão regulador ou representantes credenciados.

O que muda para o consumidor durante a suspensão da fiscalização

Sem o monitoramento regular, a fiscalização da qualidade dos combustíveis fica prejudicada.

Cresce o risco de motoristas abastecerem com produtos adulterados.

Isso exige atenção redobrada por parte do consumidor, principalmente diante da possibilidade de variações no desempenho do veículo e até danos ao motor.

Especialistas reforçam que, nesse período, o cuidado na escolha do posto é ainda mais importante para evitar prejuízos.

Cuidados essenciais ao abastecer sem fiscalização

Com a suspensão da fiscalização, recomenda-se optar por postos de combustível de confiança, preferencialmente de redes reconhecidas nacionalmente.

Estabelecimentos com histórico de qualidade são menos propensos a comercializar combustível adulterado, segundo especialistas do setor.

Além disso, desconfie de preços muito abaixo da média regional, pois isso pode indicar possíveis irregularidades no produto vendido.

Caso o motorista perceba alterações no funcionamento do veículo logo após abastecer — como dificuldade para ligar o motor, oscilações de marcha lenta ou falhas na aceleração —, é fundamental buscar orientação de um mecânico de confiança.

Esses sintomas podem indicar presença de impurezas ou aditivos fora dos padrões, prejudicando o desempenho do motor e elevando o consumo de combustível.

Como identificar sinais de combustível adulterado

Os sinais de alerta mais comuns incluem:

  • Motor que gira, mas demora a entrar em funcionamento, principalmente pela manhã
  • Marcha lenta com variação acentuada do ponteiro enquanto o veículo está parado
  • Falhas ou perda de potência na aceleração, especialmente ao iniciar o movimento
  • Consumo excessivo de combustível, mesmo sem alteração no padrão de uso

Esses indícios podem se manifestar isoladamente ou de forma combinada e, além de afetarem o desempenho, tendem a elevar os gastos com abastecimento.

O que fazer em caso de suspeita de combustível adulterado

Ao identificar qualquer um desses sinais, a orientação é não utilizar o restante do combustível do tanque.

Embora esvaziar o tanque por completo possa parecer uma forma de evitar desperdício, especialistas apontam que isso pode gerar prejuízos ainda maiores com reparos e manutenção.

A recomendação é buscar imediatamente um profissional qualificado para realizar a drenagem e limpeza do sistema.

Para denúncias, o consumidor pode recorrer à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que mantém canal exclusivo para esse tipo de reclamação.

Também é possível acionar o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do seu estado, que atua na fiscalização de postos e pode intervir em casos de irregularidade.

Postos confiáveis e escolha estratégica durante o monitoramento suspenso

Empresas de grande porte, além de sofrerem fiscalizações periódicas, tendem a investir mais em qualidade e rastreabilidade dos produtos.

Em um cenário sem fiscalização direta da ANP, abastecer nesses locais é uma medida preventiva que reduz o risco de adquirir combustível fora dos padrões.

Fique atento também a estabelecimentos recém-abertos ou com bandeiras pouco conhecidas, pois, em situações de menor controle, aumentam as tentativas de fraude no setor.

A suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis acontece em um momento de altos preços, ampliando a preocupação do consumidor.

Embora a fiscalização retorne em agosto, julho exige atenção máxima dos motoristas brasileiros.

Diante desse cenário, como você avalia a confiança nos postos de combustível da sua cidade? Já teve problemas com combustível adulterado? Compartilhe sua experiência e contribua para alertar outros motoristas!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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