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Usina eólica no mar e hidrogênio verde chamam atenção de algumas empresas do setor de energia

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/07/2022 às 17:04
Atualizado em 28/07/2022 às 01:28
Com um grande portfólio de negócios no ramo de petróleo e gás no Brasil, a Ukef agora busca um foco maior nos empreendimentos das renováveis no território nacional e pretende realizar contratos no ramo da energia eólica offshore e hidrogênio verde
Foto: iStock

Hidrogênio verde e usina eólica no mar são motivos de atenção no setor de energia renovável. A busca constante pela redução de emissões de carbono tem levado empresas renováveis a apostar em fontes de energia que estão na fronteira tecnológica.

Nesta terça-feira, (13/07), foi anunciado que cada vez mais empresas têm buscado investir em energias que estão na fronteira tecnológica, como as usinas eólicas no mar e o hidrogênio verde. As novas energias renováveis vêm atraindo empresas de peso do setor que lutam com a busca incansável pela redução das emissões de carbono.

Brasil planeja que hidrogênio verde seja realmente renovável

De acordo com Rui Altieri, presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a agência planeja lançar ainda no ano de 2022 uma certificação que visa garantir que o hidrogênio verde seja realmente verde, ou seja, realmente sustentável. Atualmente, o hidrogênio já é utilizado, mas ainda é produzido por combustível fóssil, gerando emissão de CO2. “O hidrogênio verde é a pauta da transição energética”, afirmou Rui.

Dessa forma, a expectativa é que a versão verde seja obtida a partir de fontes de energia renováveis, como eólica, solar e hídrica. Assim, o processo mais analisado hoje para produção em escala industrial é por meio da eletrólise, que consiste na passagem de uma corrente elétrica pela água para separar o oxigênio do hidrogênio. No entanto, a elevada demanda elétrica que necessita para fazer a eletrólise é um dos impasses no caminho da produção do hidrogênio verde.

É importante saber que, além de características técnicas, o hidrogênio verde também vem enfrentando desafios como a falta de escala e custos. Porém, em meio a uma crise energética global, que aumentou com o atual cenário da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a busca pelo hidrogênio verde ganha força por também se encaixar no tema da descarbonização contra as mudanças climáticas. Para Paulo Alvarenga, CEO da Thyssenkrupp, é necessário que as nações zerem as emissões de carbono até 2050.

Processo de eletrólise no Brasil

No Brasil, o Consórcio Engie de Transmissão conta com um memorando de entendimentos assinado com o governo do Ceará para a realização de um projeto em uma planta de eletrólise na área do terminal portuário de Pecém, com capacidade entre 100 MW e 150 MW, o que ajudará no processo de produção do hidrogênio verde. É necessário saber que o tamanho da carga elétrica indica a quantidade de energia que vai ser aplicada para quebrar a molécula de água e liberar o hidrogênio.

Nesse sentido, o CEO da Engie no Brasil, Maurício Stolle Bähr, afirma que o grupo tem o objetivo de desenvolver 4 GW de capacidade instalada de hidrogênio verde até 2030, e que o Brasil deverá contribuir com cerca de pelo menos 1 GW.

Além disso, a Shell também visa  o potencial do hidrogênio verde dentro de sua estratégia de transição para uma economia de baixo carbono. Por isso, a empresa fechou um acordo com o Porto do Açu (RJ), para a construção de uma planta semelhante a da Engie. A unidade tem conclusão prevista para 2025 e terá capacidade de 10 MW.

“O desenvolvimento dos projetos é uma oportunidade para atender à crescente demanda de energia no país, diversificar a matriz energética e atender nossas metas globais de redução de emissões de carbono”, afirmou Bähr, lembrando que a sua pretende se tornar carbono neutro em 2045. A expectativa é que os projetos no Brasil devam entrar em operação antes de 2030 e a estimativa é  que os projetos poderão exigir investimentos que seriam da ordem de R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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