Estudo indica que o Pré-sal tem potencial para produzir 2,088 milhões de barris/dia e demandará 19 FPSO’s em uma década
Um estudo realizado pela PPSA, a estatal responsável pela gestão dos contratos e da parcela da União na produção, indica que cinco anos depois do início do uso do modelo de partilha de produção (leilão de Libra em 2013), o regime concentra os principais projetos do pré-sal brasileiro, com 14 áreas contratadas (quatro extensões de campos da concessão), e uma demanda estimada de 19 FPSOs para a próxima década. Nos próximos dez anos, a produção total dos campos da partilha tem potencial para alcançar 2,088 milhões de barris/dia.
Com o fim da obrigação única da Petrobras como operadora do pré-sal, outras cinco empresas diferentes lideram os projetos e a 5° rodada de partilha foi marcada por ter sido a primeira vez que a empresa não exerceu o direito de preferência em uma concorrência.
Mercado de perfuração promete ser agitado em 2019
A contratação de áreas pode movimentar o mercado de perfuração no ano que vem, pois são pelo menos, 10 áreas com uma demanda de um poço em cada, mas esse número tende a aumentar. Veja abaixo os planos de cada empresa:
- A ExxonMobil, entrou com licenciamento no Ibama por uma campanha que pode chegar a 22 perfurações para um projeto que inclui Titã e os blocos CM-753, C-M-789, S-M-536, S-M-647, todos na região limite entre as bacias de Campos e Santos, com potenciais descobertas no pré-sal.
- A Petrobras planeja perfurar até seis poços em Alto de Cabo Frio Central, na Bacia de Campos.
- A Shell dará prosseguimento a investimentos exploratórios no campo de Gato do Mato, onde está licenciando cinco poços no pré-sal, dois Sul de Gato do Mato e outros três em Alto de Cabo Frio Oeste.
- A Equinor dará prosseguimento a investimentos exploratórios no campo de Carcará, onde planeja iniciar uma sísmica com nodes, além dos planos de perfurar cinco poços na área de Norte de Carcará .
Investimentos e FPSO’s
A PPSA estima um investimento total de US$ 144 bilhões nos próximos dez anos, sendo US$ 100,8 bilhões em poços e sistemas de produção e US$ 43,2 bilhões em sistemas submarinos. Em dez anos, produção total pode alcançar 2 milhões de barris por dia de petróleo, considerando a parcela da União, de operadores e sócios.
Em relação a necessidade de FPSO’s, as quatro primeiras unidades já fazem parte do planejamento da Petrobras para o projeto de Mero, primeira área declarada comercial na partilha da produção. Mero já tem uma unidade de produção contratada e outra em processo de contratação, outras duas unidades são estimadas para os próximos anos. A demanda por FPSO’s representará um novo ciclo de contratação de bens e serviços para projetos no Brasil e devem dar início a recuperação tão aguardada do setor.
Saiba mais sobre o que pensa o futuro presidente da Petrobras.
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