Portos: empreendimento pode gerar 50 mil empregos no Rio Grande do Norte com criação de indústria portuária

Segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN), o porto pode gerar 50 mil empregos na instalação de uma indústria portuária no litoral do Rio Grande Norte, na cidade de Cesara Norte.

O relatório da análise técnica foi apresentado à governadora Fátima Bezerra (PT) na quinta-feira (19). O estudo foi contratado pelo governo para determinar os melhores locais para instalar os equipamentos. Segundo a administração estadual, os portos industriais são “vitalizantes” para a viabilização de projetos de exploração de energia eólica offshore (offshore) e para a exportação de diversos outros produtos, entre eles o hidrogênio verde (H2V).

Foco no porto que pode gerar 50 mil empregos é de olho no crescimento regional

O estudo do porto pode gerar 50 mil empregos foi coordenado pelo Prof. Mario Gonzalez, do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade. “Devido ao alto potencial do estado para geração de energia de fontes renováveis, e a tendência mundial para a prática da ‘economia verde’ em todos os setores econômicos, o porto-indústria do RN deveria ter a denominação de Porto-Indústria Verde”, afirma o professor.

“Os portos dos países mais desenvolvidos estão trabalhando para se transformar em ‘verdes’. Mas aqui já podemos nascer ‘verdes’, dentro dessa perspectiva”, complementa, destacando que um porto-indústria também tem a função de fabricar, armazenar, preparar mercadorias – entre elas, equipamentos da indústria de energias limpas – além de movimentar cargas. Com base neste estudo, Fátima autorizou o início do EIA/RIMA, Estudos e Relatórios Ambientais, dando assim continuidade aos estudos técnicos para a construção industrial do porto de North Kessala. O terminal está previsto para iniciar as operações em meados de 2026. Segundo projeções de Hugo Fonseca, coordenador de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), 50 mil empregos serão gerados apenas na primeira fase (1 a 4 anos).

Segundo o governo, a construção da indústria portuária permitirá a produção de energia eólica offshore (offshore) e também de hidrogênio verde, considerado o combustível do futuro. Espera-se também que o projeto do porto coopere com vários outros setores econômicos, como fruticultura, salicicultura, mineração, pesca, petróleo e gás.

Pesquisa sobre o porto que pode gerar 50 mil empregos

Segundo o governo, foram investidos R$ 1,1 milhão na contratação de diversos estudos, que também deram origem a projetos como o Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte e os Centros de Serviços Onshore Wind (onshore) e Offshore Wind (offshore). Estudos alternativos técnicos e de localização para infraestrutura de transmissão offshore e o programa Norte-rio-grandense de hidrogênio verde também fazem parte de uma proposta mais ampla para uma indústria portuária verde, desenvolvimento econômico e projeto de energia sustentável, de acordo com o governo.

Além de avaliar a localização geográfica para a seleção final de North Kessara como localização ideal, o estudo também propõe um plano estratégico para as operações industriais do porto e sua produção e desenvolvimento da cadeia industrial. Para o governo, os portos devem trazer benefícios como fortalecer a industrialização do país, gerar empregos e capacitar mão de obra, além de reduzir custos logísticos, melhorar a infraestrutura logística marítima e aumentar a competitividade no setor de energia renovável.