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Por que as plataformas FPSO ainda continuam sendo construídas na Ásia ao invés do Brasil?

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 10/04/2023 às 10:16
Brasil vs China na Construção Naval

A tão sonhada retomada da construção naval brasileira e a geração de empregos ainda esbarra na competitividade asiática em 2023

As plataformas de petróleo do tipo FPSO (Unidade flutuante de armazenamento e transferência) são navios utilizados para a produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás. Essas unidades são essenciais para a exploração de reservas offshore, como as encontradas no pré-sal brasileiro. No entanto, a maior parte das plataformas FPSO tem sido construída na Ásia, em vez do Brasil, por várias razões e ainda devem permanecer assim em 2023.

Competitividade dos estaleiros asiáticos

Os estaleiros asiáticos, especialmente na Coreia do Sul, China e Cingapura, possuem uma capacidade produtiva significativa e têm uma longa tradição na construção naval.

Esses países investem continuamente em tecnologia, mão de obra qualificada e infraestrutura, o que lhes permite serem altamente competitivos em termos de preço, qualidade e prazos de entrega.

Economia de escala

Os estaleiros asiáticos possuem uma maior capacidade de produção e uma cadeia de fornecimento estabelecida, o que lhes permite aproveitar a economia de escala e reduzir os custos de construção das plataformas FPSO.

Incentivos fiscais e subsídios

Países asiáticos oferecem incentivos fiscais e subsídios para a indústria de construção naval, o que ajuda a tornar a construção de plataformas FPSO na região mais atraente em termos financeiros.

Situação da indústria naval brasileira

A indústria de construção naval no Brasil enfrentou dificuldades nas últimas décadas, com redução de investimentos e falta de incentivos fiscais, o que limita a capacidade dos estaleiros nacionais de competir com os asiáticos.

Dada essa situação, as empresas brasileiras, como a Petrobras, muitas vezes optam por encomendar plataformas FPSO na Ásia, onde conseguem obter melhores condições em termos de preço, prazo e qualidade. Entretanto, isso acaba impactando a indústria naval brasileira, que perde a oportunidade de gerar empregos e desenvolver tecnologia localmente.

A retomada da construção naval no Brasil, como discutido anteriormente, poderia ajudar a reduzir essa dependência da Ásia e fortalecer a indústria nacional, com benefícios para a economia e a geração de empregos. Para isso, é necessário investir em infraestrutura, capacitação profissional e incentivos fiscais, de modo a tornar os estaleiros brasileiros mais competitivos no mercado global.

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Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegas.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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