A tão sonhada retomada da construção naval brasileira e a geração de empregos ainda esbarra na competitividade asiática em 2023
As plataformas de petróleo do tipo FPSO (Unidade flutuante de armazenamento e transferência) são navios utilizados para a produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás. Essas unidades são essenciais para a exploração de reservas offshore, como as encontradas no pré-sal brasileiro. No entanto, a maior parte das plataformas FPSO tem sido construída na Ásia, em vez do Brasil, por várias razões e ainda devem permanecer assim em 2023.
Competitividade dos estaleiros asiáticos
Os estaleiros asiáticos, especialmente na Coreia do Sul, China e Cingapura, possuem uma capacidade produtiva significativa e têm uma longa tradição na construção naval.
Esses países investem continuamente em tecnologia, mão de obra qualificada e infraestrutura, o que lhes permite serem altamente competitivos em termos de preço, qualidade e prazos de entrega.
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Economia de escala
Os estaleiros asiáticos possuem uma maior capacidade de produção e uma cadeia de fornecimento estabelecida, o que lhes permite aproveitar a economia de escala e reduzir os custos de construção das plataformas FPSO.
Incentivos fiscais e subsídios
Países asiáticos oferecem incentivos fiscais e subsídios para a indústria de construção naval, o que ajuda a tornar a construção de plataformas FPSO na região mais atraente em termos financeiros.
Situação da indústria naval brasileira
A indústria de construção naval no Brasil enfrentou dificuldades nas últimas décadas, com redução de investimentos e falta de incentivos fiscais, o que limita a capacidade dos estaleiros nacionais de competir com os asiáticos.
Dada essa situação, as empresas brasileiras, como a Petrobras, muitas vezes optam por encomendar plataformas FPSO na Ásia, onde conseguem obter melhores condições em termos de preço, prazo e qualidade. Entretanto, isso acaba impactando a indústria naval brasileira, que perde a oportunidade de gerar empregos e desenvolver tecnologia localmente.
A retomada da construção naval no Brasil, como discutido anteriormente, poderia ajudar a reduzir essa dependência da Ásia e fortalecer a indústria nacional, com benefícios para a economia e a geração de empregos. Para isso, é necessário investir em infraestrutura, capacitação profissional e incentivos fiscais, de modo a tornar os estaleiros brasileiros mais competitivos no mercado global.