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Petrobras enfrenta dificuldades para vender o Recôncavo

Escrito por Renato Oliveira
Publicado em 06/05/2019 às 01:00
Atualizado em 05/05/2019 às 19:36

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Petrobras
Petrobras e o Recôncavo

Com baixa atividade de Exploração e Produção na área, Petrobras há dois anos vem tentando vender campos maduros no Recôncavo, mas tem encontrado dificuldades

O Programa de desinvestimentos da Petrobras, apesar de estar em andamento, não tem sido tão fácil assim em algumas regiões, como por exemplo no Recôncavo, onde após dois anos promovendo a venda de áreas, Petrobras ainda não se desfez de ativos na bacia.
Se por um lado, há baixo interesse dos interessados. por outro lado, a Petroleira segue com suas atividades de Exploração e Produção bem reduzidas, mostrando um certo desinteresse também.

Em 2018, a companhia perfurou 21 poços na bacia, com apenas um deles sendo exploratório e houve registro somente de dois indícios, sem declaração de comercialidade de nenhuma área.
Em 2017 a Petrobras já havia divulgado seu plano de desinvestimentos no setor, e perfurou 11 poços perfurados, sendo apenas três exploratórios, com cinco registros de indícios e um total de quatro blocos declarados comerciais, que originaram os campos de Canário da Terra, Canário da Terra Sul, Caburé Leste e Mãe-da-Lua.

Este ano, até o final de abril, a estatal brasileira ainda não havia perfurado nenhum novo poço exploratório, mas registrou dois indícios de petróleo no bloco REC-T-80 e no campo Jandaia Sul.
Números, que contrastam bastante com, por exemplo, os do ano de 2012, quando a companhia perfurou 27 poços exploratórios na bacia e registrou 15 novos indícios, com uma nova declaração de comercialidade.

Para se ter uma ideia da importância do Recôncavo para a Petrobras, ele é, atualmente, uma das bacias com maior número de pequenas e médias companhias, contando com 22 empresas operadoras e 39 diferentes concessionárias em suas 166 áreas concedidas, sob exploração ou produção.
A liderança da petroleira brasileira na região é grande, pois opera 93 áreas na bacia, sendo o segundo lugar ocupado pela canadense Alvopetro que opera em apenas 15 áreas.

Depois da Petrobras, a outra empresa brasileira que detém maior número de áreas na região é a Imetame, que possui sete concessões.

Queda de produção

Desde que a Petrobras iniciou seu programa de desinvestimentos, a produção da bacia do Recôncavo caiu quase 10%, de 45,4 mil boed para 41,4 mil boed, de acordo com dados da ANP.
Se formos comparar a produção atual com a produção de 2010, a queda fica ainda mais evidente, em setembro daquele ano foram extraídos 64 mil boed, sendo 44 mil bopd e 3,2 milhões de m³ de gás natural

Segundo Marcelo Magalhães, presidente da Associação Brasileiro de Produtores Independentes (ABPIP), “A questão para a Petrobras é como fazer com que o desinvestimento ande. Ela precisa fazer com que o processo de venda seja mais rápido e ágil. A ANP, por exemplo, poderia agir como intermediária”.

Para tentar uma solução, a ANP e pequenos e médios produtores interessados nas áreas discutem alternativas visando que tal fato não prejudique o plano de desinvestimentos da Petrobras.

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Renato Oliveira

Engenheiro de Produção com pós-graduação em Fabricação e montagem de tubulações com 30 anos de experiência em inspeção/fabricacão/montagem de tubulações/testes/Planejamento e PCP e comissionamento na construção naval/offshore (conversão de cascos FPSO's e módulos de topsides) nos maiores estaleiros nacionais e 2 anos em estaleiro japonês (Kawasaki) inspecionando e acompanhando técnicas de fabricação e montagem de estruturas/tubulações/outfittings(acabamento avançado) para casco de Drillships.

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