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ÓLEO E GÁS – Brasil puxa demanda mundial e contratos de FPSO voltam a crescer exponencialmente. Espera-se que os projetos brasileiros sejam os maiores em termos de capacidade de produção

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 12/01/2022 às 08:51
FPSO - contrato - óleo e gás
Foto: reprodução google imagens

Rystad: Contratos FPSO em 2021 atingem níveis pré-pandêmicos. Dez novos pedidos são esperados em 2022 para produção de óleo e gás

De acordo com a pesquisa da Rystad Energy, o mercado de unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO) quase ignorou o efeito da pandemia em 2021, impulsionado principalmente pela demanda do Brasil, e deve continuar em ritmo acelerado em 2022.

Dois contratos de arrendamento foram concedidos no quarto trimestre de 2021, elevando o total do ano para 10 – acima de apenas três em 2020 – uma forte recuperação para o mercado de FPSO, para a produção de óleo e gás.

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Segundo Rystad, a demanda por unidades FPSO no Brasil foi um fator significativo que impulsionou o crescimento em 2021, com 7 dos 10 contratos do ano passado sendo de projetos brasileiros. Espera-se que a nação sul-americana continue conduzindo prêmios globais em 2022, com três FPSOs adicionais esperados, para a produção de óleo e gás.

Não só o Brasil está entregando mais prêmios, disse Rystad, mas espera-se que os projetos brasileiros sejam os maiores em termos de capacidade de produção. Por exemplo, segundo a Rystad, a unidade com destino à P-80 se tornará a nona na região de Búzios. Terá uma capacidade de processamento de petróleo de cerca de 225 mil barris por dia (bpd) e uma capacidade de processamento de gás de cerca de 12 milhões de metros cúbicos por dia, o mesmo tamanho do FPSO Almirante Tamandaré.

Em 2022, espera-se que o outro país sul-americano Guiana contribua com um FPSO para o total global, com o Reino Unido adicionando dois projetos. Angola, Austrália, China e Malásia devem conceder, a cada um, um novo contrato de FPSO este ano, disse Rystad em seu relatório.

Mercado de FPSO’s para a produção de óleo e gás

“Com cerca de 30 unidades FPSO em construção ou na fila para construção, e outras 10 previstas para serem concedidas nos próximos 12 meses, o mercado deve aproveitar seu sucesso recente. No entanto, como testemunhado em muitas outras facetas da economia global nos últimos meses, as preocupações com a cadeia de suprimentos permanecem e testarão a capacidade do mercado de aceitar novos contratos sem excessos e atrasos de custos incontroláveis”, diz Zhenying Wu, analista sênior da Rystad Energy.

O mercado de FPSO teve um forte final em 2021, com dois contratos de locação e operação, dois contratos de engenharia e design de front-end (FEED) e uma extensão de contrato concedida no quarto trimestre.

No Brasil, a Yinson recebeu duas cartas de intenção (LOI) da Petrobras para fornecer o FPSO Integrado Parque das Baleias (IPB), e para serviços de operação e manutenção, sob um contrato de arrendamento e operação com duração de 22 anos e seis meses a partir do dia de aceitação definitiva. O FPSO será implantado no campo de Jubarte, na Bacia de Campos Norte, e está programado para iniciar a produção no final de 2024.

A Enauta Energia emitiu outra LOI para Yinson para fornecer, operar e manter um FPSO no campo de Atlanta na bacia de Santos no Brasil. O trabalho abrange a adaptação do FPSO OSX-2 pela Yinson por meio de um contrato turnkey de engenharia, aquisição, construção e instalação (EPCI), com garantia e operação e manutenção por 24 meses.

O custo de aquisição e adaptação do FPSO será de cerca de US$ 505 milhões. Yinson tem a opção de compra de uma unidade vinculada ao financiamento. Caso a opção de compra seja exercida, ela estará vinculada a contratos de afretamento, operação e manutenção por 15 anos, prorrogáveis ​​por mais cinco anos, totalizando US$ 2 bilhões pelos 20 anos. O contrato é o terceiro projeto da Yinson no Brasil e está sujeito a uma decisão final de investimento durante o primeiro trimestre de 2022.

Outros países

Em outros lugares da América do Sul, a ExxonMobil concedeu à SBM Offshore um contrato FPSO FEED para o desenvolvimento de Yellowtail em águas profundas no bloco Stabroek, ao largo da costa da Guiana. O FPSO será projetado para ter capacidade de processamento de petróleo de 250.000 bpd, capacidade de processamento de gás de 450 milhões de pés cúbicos por dia, e armazenamento de até 2 milhões de barris. Quando concluído, o FPSO será a maior unidade produtora da empresa já construída.

A ExxonMobil está atualmente produzindo a partir de Stabroek através do FPSO Liza Destiny. O FPSO Liza Unity chegou às águas da Guiana em 26 de outubro, e a ExxonMobil espera que ambas as unidades produzam este ano. Quando os projetos Prosperity e Yellowtail entrarem em operação em 2024 e 2025, respectivamente, a ExxonMobil terá uma capacidade total de processamento de mais de 800.000 bpd na Guiana.

Na Nigéria, a BW Offshore garantiu uma extensão de arrendamento para o FPSO Sendje Berge, operando para Addax Petroleum Exploration (Nigeria) Ltd, que durará até o quarto trimestre de 2022.

Na Noruega, a Aker Solutions recebeu uma LOI para um contrato FEED da Equinor para fornecer um FPSO a ser empregado no campo de Wisting no setor norueguês do Mar de Barents. O escopo do FEED é fornecer projeto de engenharia de front-end para uma solução FPSO circular, que inclui uma opção para EPCI do topside FPSO. Se o projeto avançar para a fase de execução, a opção EPCI representa potencialmente um contrato significativo, estimado entre US$ 960 milhões e US$ 1,45 bilhão, disse Rystad.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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