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Ministério de Minas e Energia afirma que a Margem Equatorial pode evitar que o Brasil volte a ser importador de petróleo

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 26/03/2025 às 20:34
Margem Equatorial, petróleo
Foto: Petrobrás

O Ministério de Minas e Energia afirmou que a Margem Equatorial tem potencial para garantir a autossuficiência do Brasil na produção de petróleo. A exploração da região pode impedir que o país volte a depender da importação do combustível no futuro.

O Ministério de Minas e Energia (MME) voltou a defender, nesta quarta-feira (27), a importância da Margem Equatorial para o futuro da produção de petróleo no Brasil.

Durante evento em Brasília, o ministro substituto Pietro Mendes afirmou que a região é estratégica para manter o país como exportador e evitar uma futura dependência de importações.

Segundo ele, a área pode gerar mais de 300 mil empregos e movimentar bilhões em royalties. Esses recursos, segundo o MME, seriam direcionados a áreas como saúde, educação e infraestrutura.

Margem Equatorial representa uma nova fronteira para a produção de petróleo e gás no Brasil, e é uma pauta prioritária para o Ministério de Minas e Energia, como sempre destaca o ministro Alexandre Silveira. Além de garantir nossa autossuficiência energética, a exploração da região deve injetar US$ 56 bilhões em investimentos na economia, além de US$ 200 bilhões em arrecadações estatais, permitindo que esses recursos sejam revertidos para educação, saúde e infraestrutura”, disse Mendes.

Investimentos e arrecadação bilionária

De acordo com o MME, a exploração da Margem Equatorial tem potencial para atrair US$ 56 bilhões em investimentos. A arrecadação estimada é ainda maior: US$ 200 bilhões em recursos estatais.

A área, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada promissora. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam que o local pode abrigar até 10 bilhões de barris de petróleo. Isso garantiria o abastecimento nacional pelas próximas décadas.

Sem novas descobertas, o cenário pode mudar. Os dados mostram que, se não houver investimentos, o Brasil corre o risco de voltar a importar petróleo já no fim da década de 2030.

Segurança na exploração

Outro ponto destacado pelo MME foi a estrutura de segurança preparada para a perfuração de poços na região. Segundo Mendes, a maior estrutura de resposta do país está sendo direcionada para a perfuração de um único poço.

Os recursos destinados à Bacia da Foz do Amazonas equivalem ao dobro daqueles empregados tanto na Bacia de Santos quanto na Bacia de Campos para centenas de poços”, afirmou.

A Petrobras, de acordo com o ministro substituto, já investiu cerca de R$ 1 bilhão na operação. Mas a continuidade depende da emissão de licenças ambientais.

O seminário também contou com a presença do senador Randolfe Rodrigues, do governador do Amapá, Clécio Luís, e do reitor da UFRJ, Roberto Medronho.

Mendes encerrou com um alerta: sem novas descobertas, o Brasil pode deixar de arrecadar até R$ 3,9 trilhões até 2055.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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