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Apesar de liderar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, Mark Zuckerberg mantém uma abordagem pouco convencional na forma como gere a Meta. Enquanto muitos executivos confiam em estruturas hierárquicas rígidas e uma rotina intensa de reuniões, o fundador do Facebook adota um estilo direto, com poucos intermediários, quase nenhuma reunião marcada e um grupo central reduzido que toma as decisões mais importantes da companhia.
Durante uma conversa aberta com o cofundador da Stripe, John Collison, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, detalhou seu estilo de gestão. Segundo artigo da Business Insider, a entrevista chamou pela sinceridade do executivo.
Ele afirmou não gostar de gerenciar pessoas, evita reuniões individuais recorrentes e confia em um pequeno grupo central de líderes para tocar os negócios da empresa.
Um grupo de confiança para liderar a Meta
Mark Zuckerberg revelou que a estrutura de liderança da Meta é baseada em um núcleo de 25 a 30 pessoas. Esse grupo, chamado por ele de “core army”, tem a função de manter a companhia funcionando e tomar decisões importantes.
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Embora nem todos sejam seus subordinados diretos, ele afirma que todos estão envolvidos nas decisões mais relevantes.
“Nosso time de gestão não é só formado pelos meus subordinados diretos. É esse grupo mais amplo de 25 a 30 pessoas que tento incluir em tudo”, afirmou.
Segundo ele, essas pessoas têm liberdade para executar qualquer tarefa e recebem atenção especial para se manterem atualizadas sobre o que acontece dentro da empresa.
Mark Zuckerberg também destacou que gosta de trabalhar diretamente com quem lidera os projetos que mais o interessam, reforçando o caráter não hierárquico da organização. “Somos bem não hierárquicos nesse sentido”, completou.
Estrutura temática por grupos de produtos
A Meta está dividida em cerca de 15 segmentos.
Cada um deles tem um executivo responsável, com diferentes líderes respondendo a figuras centrais da companhia.
As equipes dos produtos baseados em aplicativos, como Facebook e Instagram, respondem a Chris Cox, diretor de produto da empresa.
Já os serviços transversais — como publicidade, infraestrutura e sistemas de integridade — são supervisionados por Javier Olivan, diretor de operações.
Por fim, as iniciativas focadas em tecnologias futuras estão sob o comando de Andrew Bosworth, diretor de tecnologia.
Zuckerberg explicou que vê os líderes desses grupos como os que realmente dirigem as operações da Meta. Por isso, não quer supervisionar diretamente todos eles. “Não quero ter 15 subordinados diretos”, afirmou.
Avesso à gestão tradicional
Um dos pontos mais marcantes da conversa foi quando Zuckerberg disse, de forma direta, que não gosta de gerenciar pessoas.
Ele comparou sua abordagem à de Jensen Huang, CEO da Nvidia, que também não mantém reuniões um a um de forma recorrente com seus executivos.
“Eu nem gosto de gerenciar pessoas”, disse. “Se alguém vai responder diretamente a mim, essa pessoa precisa saber se autogerenciar.”
Essa postura também se reflete em sua recusa em delegar.
Para o executivo, o fundador deve estar envolvido em decisões importantes, independentemente do nível hierárquico.
“Não acredito em delegar”, afirmou. “Se você está comandando a empresa e é responsável por tudo, e há algo importante acontecendo em qualquer nível da organização, não faz sentido dizer que não vai se envolver.”
Ele completou dizendo que o ideal é ter humildade para reconhecer que talvez não tenha todas as informações naquele momento, mas que ainda assim deve mergulhar nos assuntos relevantes. “A expectativa cultural é de que você mergulhe no que quiser, sem tantas barreiras.”
Poucas reuniões, muito contato direto
Mark Zuckerberg também afirmou que não realiza reuniões individuais recorrentes. Em vez disso, ele prefere conversas espontâneas, conforme a necessidade de cada situação.
Atualmente, participa apenas de duas reuniões fixas por semana. Uma delas é voltada para estratégias abertas, enquanto a outra foca nas prioridades da empresa.
“Quando digo que não tenho reuniões um a um, quero dizer que não tenho reuniões fixas. Eu falo com todos o tempo todo, mais do que eles provavelmente gostariam”, brincou.
Ele explicou que prefere manter sua agenda aberta para conversas pontuais, tanto quando ele precisa quanto quando algum executivo deseja falar com ele.
Essa flexibilidade, segundo Mark Zuckerberg, é essencial para seu bem-estar. Ele precisa de blocos de tempo livre no dia para se concentrar em tarefas importantes, caso contrário, fica frustrado. “Se tiver muitos dias seguidos sem isso, eu simplesmente explodo.”
Mark Zuckerberg deixou claro que manter tempo livre e um canal direto com os responsáveis pelos projetos estratégicos são peças-chave do seu modelo de liderança.
Para ele, essa forma de conduzir a Meta permite mais agilidade e foco nas decisões realmente importantes. A Meta não comentou oficialmente sobre as declarações do CEO.
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