A Usina Hidrelétrica de Itaipu, construída em 1970 com financiamento do Governo Brasileiro, finalmente viu o pagamento total de seu empréstimo. No dia 28 de fevereiro deste ano, a Itaipu desembolsou 115 milhões de dólares para quitar o financiamento inicial.
Com isso, foi possível reduzir o preço da energia gerada pela usina – que era de US$ 2260/kg – e chegou a US$ 12,67 em janeiro deste ano. A quitação do empréstimo representava cerca de 2/3 do orçamento anual da usina, que é de US$ 3,3 bilhões por ano. Esta notícia veio como um alívio para todos os envolvidos na produção energética nacional.
Qual a importância da parceria Brasil e Paraguai para a queda de tarifa em Itaipu?
O preço da energia sofrerá mudanças com o fim da dívida, pois as tarifas deixarão de estar ligadas ao dólar. O Brasil e o Paraguai ainda precisam negociar os novos acordos. Além disso, será necessário também realizar uma revisão do tratado de Itaipu, discutindo-se principalmente o Anexo C, que contém as cláusulas comerciais.
Segundo André Pepitone, diretor Financeiro Executivo de Itaipu, é necessário que seja negociada a questão da tarifa para refletir a redução do pagamento da dívida, além de renegociar o uso da energia para que o Paraguai possa comercializar sua parte (50%) e vender essa energia em outros mercados. O acordo de Itaipu está sendo esperado com grande expectativa, pois definirá as condições para que o Brasil compre a energia excedente produzida pelo lado paraguaio.
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Além disso, o novo Diretor Geral da hidrelétrica, Enio Verri, informou à imprensa que a renegociação do tratado começará em agosto deste ano e poderá durar um ano inteiro. Além de estabelecer quanto o Brasil pagará pelos serviços de Itaipu, também se discutirá a distribuição dos recursos gerados pela usina entre os municípios próximos, como Foz do Iguaçu.
Contudo, o acordo binacional entre Brasil e Paraguai representa 8,5% da produção de energia do país e é responsável por abastecer 110 milhões de brasileiros. Segundo Enio Verri, esta nova negociação permitirá que os municípios próximos à usina se beneficiem de recursos para o desenvolvimento local, além de definir um preço fixo para a compra do excedente de energia produzida.
Esse acordo também prevê que o Paraguai não utilize toda a sua energia até 2032, quando encerraria o novo acordo. Esta iniciativa permitirá que as cidades se beneficiem economicamente e garantam um futuro melhor para seus habitantes.