A revolução do etanol de milho: Produtividade e sustentabilidade no horizonte energético do Brasil
O horizonte energético do Brasil testemunha a ascensão dinâmica do setor de bioenergia. Este surge como um pilar para a demanda global, buscando diminuir nossa dependência dos combustíveis fósseis e enfrentar desafios ecológicos. Segundo dados da Conab, espera-se um crescimento de 4,4% no ciclo 2023/2024 da produção de cana-de-açúcar, com o etanol projetando um incremento de 5,9% em relação ao ciclo anterior.
Etanol de milho: protagonista no cenário energético
No mosaico das biomassas energéticas, o etanol de milho surge com destaque. Informações do Ministério da Agricultura e Pecuária, juntamente com a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), revelam uma estimativa de produção de 6 milhões de litros para o ciclo 2023/24. Esse volume representa cerca de 19% do consumo nacional de etanol. Atualmente, 18 usinas especializadas em etanol de milho já estão em operação no país.
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Entretanto, para o setor alcançar sua plenitude, a digitalização é indispensável. Investimentos focados em tecnologias avançadas podem trazer saltos expressivos em eficiência e produtividade. O mercado já disponibiliza ferramentas de ponta e equipamentos capazes de mapear terrenos, indicar períodos ideais para plantio e monitorar toda a lavoura – garantindo saúde e eficiência à plantação.
No que tange especificamente à bioenergia, sistemas avançados gerenciam todo o ciclo de produção, desde o plantio até a colheita, incluindo logística e processos industriais relacionados ao milho e cana-de-açúcar. Vale ressaltar a complexidade do processo fermentativo na geração de bioenergia, tornando essencial um monitoramento apurado.
O etanol de milho se diferencia ainda por suas múltiplas aplicações ao longo da produção. Um exemplo notável é o subproduto da fermentação, que pode ser reutilizado na produção de ração animal, ampliando os lucros do setor e promovendo diversificação. A implementação de técnicas de automação pode ainda reduzir perdas e otimizar a aplicação de recursos.
Impactos sociais e econômicos da inovação em bioenergia
Os avanços tecnológicos no universo da bioenergia não beneficiam apenas o meio ambiente. Eles também têm potencial para revitalizar comunidades locais, gerando empregos em regiões rurais, fortalecendo cadeias produtivas sustentáveis e estimulando a economia local.
Além disso, setores como a aviação já se movimentam em busca de biocombustíveis. Regulamentações recentes indicam que, até 2027, aeronaves deverão compensar suas emissões de carbono, seja através de créditos ou pelo uso de combustíveis sustentáveis, como o etanol de milho.
O crescimento da bioenergia, ampliado por avanços tecnológicos, promete não só reduzir emissões de carbono e combater mudanças climáticas, mas também inaugurar novas oportunidades econômicas para o Brasil. Dentro desse panorama, a inovação tecnológica é o catalisador para um futuro mais lucrativo, ecológico e renovável.
Fonte: *Fabrício Orrigo, diretor de produtos de Agro da TOTVS.