Nesta terça-feira (16) no Comperj, muitos trabalhadores foram surpreendidos ao chegar no empreendimento com o anúncio de demissão em massa. Nos vídeos e imagens repassadas ao CPG, a fila se estende a dezenas, talvez até mais de 100 colaboradores a serem desligados ao mesmo tempo.
Inicialmente o Comperj estava sendo construído para ser uma refinaria em parceria entre a Petrobras e a CNPC, mas os chineses acabaram decidindo que o projeto não seria economicamente viável, abortando o que seria sua entrada no mercado de refino do Brasil. Logo a Petrobras também anunciou desistiria da refinaria, mantendo apenas a UPGN para tratar o gás do pré-sal. Não há ainda uma destinação definitiva do que será do empreendimento, mas tudo indica que pode se transformar em uma termoelétrica.
As obras do Comperj já foram paralisadas por 2 vezes. A primeira vez em 2015 devidos a problemas de corrupção no empreendimento, mais de 800 trabalhadores foram demitidos. Já nesta segunda vez, o Covid-19 acabou acentuando os problemas já existentes no projeto. Exemplo: Atraso de pagamento da Kerui Metodo, resultando em retenção de equipamentos no Porto do RJ.
Muito especialistas dizem que o projeto não se recuperá mais, talvez até mesmo ele seja extinto de uma vez por todas, apesar de ser uma hipotese remota. O pré-sal precisa deste projeto para escoar pelo menos a produção de gás através do gasoduto Rota 3, que já está com o trecho marítimo e terrestre bem avançado.