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Influenciador mostra como pequenas mudanças de comportamento podem transformar suas finanças pessoais.
Milhões de brasileiros enfrentam o mesmo dilema todos os meses: o salário entra e já começa a desaparecer. Parcelas no cartão de crédito, contas acumuladas e gastos não planejados deixam pouca ou nenhuma sobra.
Segundo dados do IBGE, cerca de 72,4% da população vivem em lares com dificuldade para pagar as contas mensais. Apenas 1% das famílias brasileiras afirmam pagar tudo com facilidade.
Por que, mesmo sabendo da importância de guardar dinheiro, tantas pessoas não conseguem economizar?
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A resposta pode estar no funcionamento do próprio cérebro humano. Segundo estudos de economia comportamental, o cérebro prefere recompensas imediatas. Esse fenômeno é chamado de present bias — ou viés do presente.
Viés do presente e o cérebro preguiçoso
O viés do presente explica por que é mais prazeroso gastar agora do que esperar para colher benefícios no futuro.
Mesmo sabendo que guardar R$ 100 hoje pode render muito mais depois, a maioria prefere o benefício imediato.
Outro obstáculo é o comportamento inercial. Um estudo feito com funcionários de uma empresa nos Estados Unidos mostrou como mudanças simples podem influenciar decisões financeiras.
Antes, os colaboradores precisavam se inscrever ativamente no plano de aposentadoria da empresa. Resultado: apenas 37% aderiam.
Quando a empresa mudou o sistema para inscrição automática, esse número saltou para 86%. O motivo? As pessoas evitam esforço. Se algo exige decisão e ação, há mais chance de ser ignorado.
Evite orçamentos complicados
Muita gente acredita que o primeiro passo para economizar é montar um orçamento detalhado.
No entanto, um estudo com mais de 9 mil pessoas mostrou que não importa o formato do orçamento: em média, todos gastavam de 30% a 40% acima do previsto após 13 semanas.
Ou seja, montar um plano pode funcionar no início, mas é difícil manter por muito tempo.
Assim como quem faz dieta e não resiste a um doce, a maioria das pessoas falha em seguir um orçamento rígido.
O cérebro acaba sabotando o plano, tornando necessário pensar em alternativas mais realistas e eficazes.
Use o cérebro a seu favor
A psicologia também pode ajudar a economizar. Uma das táticas é usar dinheiro vivo em vez de cartão.
Estudos mostram que gastar com notas físicas ativa uma área do cérebro relacionada à dor.
Já o uso do cartão ativa áreas ligadas ao prazer. Mesmo sendo o mesmo valor, a forma como se paga altera a percepção do gasto.
Outra técnica é separar o dinheiro em “caixinhas mentais”. Em um experimento com trabalhadores na Índia, quem recebeu dois envelopes — um para gastar e outro para poupar — economizou 72% a mais que aqueles que receberam tudo em um só envelope.
Ter diferentes objetivos e contas separadas ajuda a criar barreiras psicológicas contra o consumo.
Liquidez pode atrapalhar
Produtos financeiros com resgate imediato são tentadores. Mas, para quem já tem reserva de emergência montada, é interessante evitar liquidez alta.
Um experimento nas Filipinas com 1.700 pessoas mostrou que quem tinha contas sem possibilidade de resgate imediato economizou 81% mais.
Dificultar o acesso ao dinheiro pode ser uma estratégia eficiente para evitar gastos por impulso.
Automatize e esqueça
Automatizar é uma das dicas mais práticas. Muitos bancos, como o Inter, permitem programar investimentos automáticos.
Por exemplo, é possível configurar para guardar 5% do salário assim que ele cair na conta. Também dá para reinvestir dividendos ou programar aportes mensais em CDBs.
Com isso, a economia acontece mesmo sem esforço consciente.
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