Antes descartados, os rejeitos de areia agora viram, graças à Vale e à Ecotech Areia, do Espírito Santo, produto para construção civil
Junto da Vale, a empresa Ecotech Areia, do Espírito Santo, transformou em produto o que era, antigamente, tido apenas como um problema econômico e ambiental: a areia. Rejeito resultante do processo de extração do minério de ferro, a areia é, geralmente, descartada em pilhas e barragens. Desse modo, o que era antes jogado fora e inutilizado, é agora tratado como produto, sendo usado na produção de argamassas, concretos, pavimentação rodoviária, entre outros.
A companhia capixaba tornou-se, então, parceira da Vale – que produz a denominada areia sustentável – e é hoje, após somente cinco meses de mercado, responsável por 15% do consumo no Espírito Santo. O projeto, que já era avaliado pela Vale há algum tempo, teve o seu desenvolvimento impulsionado desde os desastres provocados pelo rompimento das barragens da Samarco – empresa administrada pela Vale e pela ango-australiana BHP Billiton, atualmente em recuperação judicial -, em Mariana, no final de 2015, e da Mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, no início de 2019, que deixou cerca de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos.
Conforme explica Adauto Caldara, sócio da Ecotech e antigo trabalhador da Vale, antigamente, nos anos 50, os rejeitos eram quase inexistentes, uma vez que 95% do que era extraído consistia em minérios. Hoje em dia, por outro lado, existem situações em que mais de 50% do que é retirado corresponde a rejeitos, tendo em vista a maturação das minas. Para Caldara, que já trabalhou nos estudos de viabilidade da areia sustentável, isso se tornou um grande problema, para o qual parte da solução é a destinação da areia, através de diversos processos e testes de qualidade.
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EcoTech possui expectativa de acréscimo de 50%, no próximo ano, no comércio de areia no Espírito Santo
A EcoTech espera, em 2022, comercializar 300 mil toneladas de areia no Espírito Santo e, em 2023, 450 mil toneladas, o que representaria um avanço de 50%. Atualmente, o consumo anual no Espírito Santo é de 2 milhões de toneladas. A Vale, que recentemente fechou parceria com a Sinobras, produz cerca de 55 milhões de toneladas de rejeitos de areia por ano, como coproduto do beneficiamento do minério de ferro.
É importante destacar que, atualmente, as usinas pelotizadoras da Samarco, em Anchieta, e as da Vale, em Tubarão, não operam em sua total capacidade devido às questões ambientais na extração do minério no estado de Minas Gerais. Graças à solução para os rejeitos de areia, que evita a sua destinação para as barragens, parte do problema começa a obter uma resolução.
Mineradora Vale fará investimento de R$ 3,9 bilhões em obras para ponte sobre o Rio Tocantins para o escoamento na produção de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás
Com previsão de investimento total de R$ 3,9 bilhões, a nova ponte da Mineradora Vale sobre o Rio Tocantins, anunciada na última terça-feira, (19/04), será essencial para o escoamento da produção de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás e está prevista para ter as obras finalizadas por volta do ano de 2027, segundo as projeções da empresa.
A mineradora Vale fez um anúncio surpreendente de um novo projeto bilionário que visa expandir a capacidade de escoamento da sua produção de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás. Assim, a nova ponte sobre o Rio Tocantins será a nova aposta da companhia para facilitar e dinamizar esse transporte na região de Marabá, além de ser essencial para o processo de expansão da logística de movimentação dessa carga.
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