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Empresa alemã inicia colaboração com cooperativas agrícolas do Paraná para produção de hidrogênio verde e derivados

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 25/01/2023 às 11:05
A colaboração entre cooperativas agrícolas do Paraná junto à empresa alemã é resultado da cooperação entre o Brasil e a Alemanha em prol do Desenvolvimento Sustentável por meio da expansão do mercado de hidrogênio verde e derivados.
Foto: Shutterstock

A colaboração entre cooperativas agrícolas do Paraná junto à empresa alemã é resultado da cooperação entre o Brasil e a Alemanha em prol do Desenvolvimento Sustentável por meio da expansão do mercado de hidrogênio verde e derivados.

Essa colaboração é resultado da cooperação entre o Brasil e a Alemanha em prol do Desenvolvimento Sustentável por meio da expansão do mercado de hidrogênio verde e derivado. A parceria está sendo feita entre Cooperativa de Energias Renováveis e Saneamento Rural (Coopersan) e a Cooperativa de Energias Sustentáveis (Ambicoop), localizadas no Paraná, com a empresa alemã Mele Gruppe de Torgelow.

O projeto tem o objetivo de reduzir o gás metano dos resíduos animais em energia sustentável

A iniciativa abrange a produção de hidrogênio ver por meio da utilização de esterco de porco. Estimasse que a capacidade total de produção seja cerca de 275 toneladas de derivados de hidrogênio ver diariamente.

O convênio de cooperação foi realizado durante uma visita da delegação de Mecklenburg-Vorpommern, estado alemão.

A comissão era formada por várias empresas do setor de energia e meio ambiente, assim como representantes municipais da Alemanha e liderada pelo chefe de chancelaria, Patrick Dahlemann. 

“A implementação do projeto representa o início de uma cooperação de longo prazo que servirá para o desenvolvimento futuro da parceria entre Mecklenburg-Vorpommern e Paraná no Brasil. Continuaremos a apoiar este projeto vitrine”, declarou Dahlemann.

A parceria será financiada pelo projeto H2Uppp, programa global comissionado pelo Ministério Federal Alemão de Economia e Proteção Climática, contando com apoio das Câmaras de Indústria e Comércio Brasil-Alemanha (AHK), localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Além do Brasil, este projeto também está presente em outros 16 países, e calcula-se um total de 2,3 milhões de euros investidos.

“Trata-se de um projeto internacional que assegura a existência e o desenvolvimento das 332 fazendas de pecuária reunidas em uma cooperativa. Nesta situação vantajosa para ambas as partes, ela faz parte da reorganização do fornecimento de energia e da segurança na Alemanha e em Mecklenburg-Vorpommern”, comemorou diretor-geral do Grupo Mele, Dietrich Lehmann, sobre o projeto de proteção climática sustentável.

A parceria da empresa alemã Mele Gruppe de Torgelow com as Cooperativa de Energias Renováveis e Saneamento Rural (Coopersan) e a Cooperativa de Energias Sustentáveis (Ambicoop), do Paraná, está sendo comemorada por diversos setores da indústria de energias renováveis

De acordo com diretor da GIZ Brasil, Markus Francke, o projeto é uma amostra dos esforços internacionais apoiados pelo governo federal alemão. A medida visa promover o abandono dos combustíveis fósseis.

“A produção e utilização de hidrogênio verde e derivados apoia a transição energética para energias 100% renováveis e, além disso, o desenvolvimento sustentável do mercado no Brasil e no mundo”, afirmou Francke.

Espera-se que a colaboração aconteça até o final do ano de 2023 e que seja vista como um projeto farol, disseminando e multiplicando a produção de derivados de hidrogênio verde para demais cooperativas presentes na região.

Dessa forma, contribuindo para o desenvolvimento dos pilares do projeto H2Uppp que são: sustentabilidade, impacto positivo, social e ambiental, viabilidade técnica e econômica e certificação do bem-estar animal.

Por fim, a expectativa é de que, por meio da parceria e produção de derivados de hidrogênio verde, surjam vantagens como redução do uso de fertilizantes minerais e garantia de bem-estar animal para os 332 cooperados do Paraná.

Deve-se considerar que o projeto vai avaliar se as cooperativas estão seguindo os seguintes parâmetros: ambiente, garantindo a liberdade de movimentação e expressão do comportamento animal; sanidade, de forma que evite o desconforto e sofrimento oriundos de ferimentos e doenças; mão de obra especializada para lidar com os animais e alimentação.

Por fim, os resíduos dos animais deixarão de ser descartados na natureza, protegendo os lençóis freáticos da região de serem contaminados. 

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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