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Dólar cai, exportação tem sua paridade limitada e os preços do milho recuam nos portos. Setor do transporte marítimo com expectativas aquecidas

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/01/2023 às 16:08
Atualizado em 02/02/2023 às 19:18
Dólar cai, exportação tem sua paridade limitada e os preços do milho recuam nos portos. Setor do transporte marítimo com expectativas aquecidas
Dólar cai, exportação tem sua paridade limitada e os preços do milho recuam nos portos. Setor do transporte marítimo com expectativas aquecidas (FOTO/divulgação)

Foi expressivo o recuo dos preços do milho nos portos brasileiro. Na semana de 9 a 14 de janeiro, em contrapartida, ao frenético ritmo da exportação, e previsão de que os embarques continuem a todo o vapor.

Pesquisadores do Cepea, de São Paulo sinalizam que o setor do transporte marítimo está sentindo a queda do dólar, efeito limitante para a paridade com a exportação. Cotações do interior do Brasil foram as herdeiras das baixas nos portos. Mesmo com exportações aquecidas, e com as altas nos preços no exterior, esses fatores não foram suficientes para dar estabilidade aos valores internos. 

Região Sul preocupada com as precipitações para as oleaginosas em geral

Com o início da colheita de oleaginosas na região Sul, que prevê produção recorde para este início de 2023, a expectativa é que, afora as condições climáticas, esse aumento seja mais um estímulo para um recuo ainda maior.

A consultoria AgRural informou, nesta segunda-feira (16), que embora a estiagem e ajustes em outras unidades da federação fizessem especialistas reduzirem as estimativas para as colheitas das safras de soja e de milho entre o final do ano passado e o início deste ano. O tempo quente e seco é um fator preocupante, mas como não houve registros de quebra de safra no estado gaúcho, ainda não há que se falar que o recorde não será alcançado. Pelo menos 150 milhões de toneladas é a expectativa do setor.

O La Ninã, fenômeno climático que causa a estiagem, tem castigado muito menos em 2023 do que no ano passado. Nesse momento, os grãos do estado estão em fase de enchimento, e as chuvas estão acima da média no estado. Ainda há esperança sobre a recuperação da umidade do solo para que as lavouras retomem seu desenvolvimento.

Em 12 de janeiro, a AgRural mensurou que a colheita do milho chegou a 4% da área cultivada na porção centro-sul brasileira. No mesmo período do ano passado, a colheita chegou em 6,3%, está começando pela região Noroeste do Rio Grande do Sul. A Consultoria espera ainda mais cortes para as oleaginosas em geral. Por volta de 15 de dezembro, a estimativa era uma safra nacional com alcance superior a 153 milhões de toneladas.

Os estados que já começaram a colheita da soja foram o Mato Grosso e Rondônia. Com tempo fechado, e muita chuva, os trabalhos foram bem afetados, entretanto, na última quinta-feira (12), a notícia é de que 0,6% da área cultivada no Brasil a colheita já foi realizada. Uma área 1,2% superior ao mesmo período do ano anterior, mesmo havendo atraso na média de cinco anos para o hectare de área plantada, 2,38% versus 3,55%. As informações foram repassadas pelo Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. 

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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