Do céu, algumas cidades brasileiras revelam geometrias impressionantes — Brasília em forma de avião, Paragominas como hexágono, Boa Vista em leque — mostrando como o urbanismo mistura arte, história e adaptação ao território
As cidades brasileiras carregam marcas profundas de suas origens. Algumas nasceram espontaneamente, a partir de vilas comerciais ou povoados coloniais, enquanto outras foram planejadas com régua e compasso. O resultado é uma paisagem urbana diversa, que revela formas curiosas e simbólicas quando observada do céu.
Brasília — o símbolo da modernidade brasileira

Brasília foi projetada em 1957 pelo urbanista Lúcio Costa, a pedido do governo de Juscelino Kubitschek, com o objetivo de representar o progresso nacional.
Embora seja conhecida por seu formato de avião, o autor do projeto afirmava que o desenho se assemelhava mais a uma borboleta.
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O traçado inovador, com eixos amplos e áreas bem definidas, transformou a capital em referência mundial de urbanismo e em Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Além do simbolismo, Brasília foi planejada para oferecer fluidez no tráfego e equilíbrio entre espaços residenciais, administrativos e verdes.
Portanto, sua forma é tanto estética quanto funcional, refletindo um ideal de organização e modernidade.
Paragominas — o hexágono da Amazônia

Criada nos anos 1960, Paragominas foi uma das primeiras cidades planejadas da Amazônia. Seu centro urbano apresenta um formato inconfundível: dois grandes hexágonos conectados entre si.
Esse desenho foi pensado para facilitar a circulação e a distribuição dos serviços urbanos, num período em que o desenvolvimento da região exigia novas soluções de planejamento.
A geometria simétrica e eficiente ainda marca o cotidiano local, tornando Paragominas um exemplo de como o desenho urbano pode dialogar com o ambiente e a logística regional.
Nova Iorque — a cidade renascida do Maranhão

Em 1926, uma enchente destruiu o antigo povoado de Nova Iorque, localizado às margens do rio Parnaíba.
A tragédia levou à reconstrução total do município, que ganhou ruas retas e quadras regulares, projetadas para melhorar a drenagem e evitar novos alagamentos.
O novo traçado não apenas trouxe segurança, mas também estabeleceu uma estrutura urbana que favoreceu o crescimento ordenado.
Nova Iorque tornou-se símbolo de resiliência e planejamento adaptado às condições naturais do Maranhão.
Guajará-Mirim — o tabuleiro da fronteira

Fundada em 1928, Guajará-Mirim nasceu como entreposto fluvial da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O traçado da cidade segue o modelo em tabuleiro de xadrez, típico das cidades norte-americanas do início do século XX.
Ruas largas e quadras retangulares organizaram o crescimento da fronteira amazônica e continuam a definir sua paisagem.
Boa Vista — a capital em forma de leque

Entre 1944 e 1946, o engenheiro Darcy Aleixo Derenusson redesenhou Boa Vista, inspirando-se nos planos de Paris e Washington.
Ele criou um traçado radial, em forma de leque, com avenidas partindo da Praça do Centro Cívico.
O projeto priorizou ventilação, amplitude e harmonia visual, fazendo de Boa Vista uma das capitais mais organizadas e equilibradas do país.
Com informações de Casa e Jardim.



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