Um aumento histórico na conta de luz se aproxima! Com mais de R$ 300 bilhões em custos extras aprovados em 2024, consumidores brasileiros enfrentam um impacto devastador nas tarifas até 2050. Medidas polêmicas, subsídios e decisões controversas fazem da energia elétrica um dos maiores desafios financeiros das famílias em 2025.
Se tem algo que vem tirando o sono dos brasileiros, é o impacto crescente no bolso causado pelas contas de energia elétrica.
O ano de 2024 trouxe uma onda de reajustes e medidas polêmicas que prometem se estender até 2050, representando um peso considerável para os consumidores.
O que está por trás desses aumentos? Quem realmente paga a conta final? Os detalhes revelam uma rede de decisões políticas e econômicas que transformam cada quilowatt em uma batalha para manter o orçamento equilibrado.
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No segundo semestre de 2024, a Frente Nacional de Consumidores de Energia e a consultoria PSR apresentaram uma projeção alarmante: mais de R$ 300 bilhões em custos adicionais serão repassados aos consumidores ao longo das próximas décadas.
Segundo matéria publicada neste sábado (04) pelo jornal Folha de S. Paulo, este valor inclui desde subsídios aprovados no Congresso até ajustes relacionados à tarifa de Itaipu, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo.
De acordo com Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente, “passamos o ano tentando conter aumentos, mas cada vitória era seguida por uma nova medida que nos trazia um retrocesso.”
Aumento nas tarifas para 2025
Para o ano de 2025, o cenário é particularmente preocupante. Economistas do FGV Ibre, como Andre Braz, estimam que as tarifas devem aumentar em média 10%, superando o índice oficial de inflação (IPCA), que deve fechar em torno de 5%.
Isso significa um impacto direto de 0,4 ponto percentual na inflação do próximo ano. Como energia elétrica compromete cerca de 4% da renda familiar, qualquer alta representa um peso significativo no orçamento.
Jabutis no projeto das eólicas offshore
Entre os principais responsáveis pelo aumento está o chamado PL das eólicas offshore, aprovado no Senado em 2024.
O projeto, originalmente voltado para regulamentar a geração de energia em alto-mar, foi recheado de “jabutis” — emendas alheias à proposta original, incluindo subsídios ao carvão.
Se tais emendas não forem vetadas, o impacto pode somar R$ 241 bilhões até 2050, resultando em um aumento de 7% na conta de luz.
Itaipu: um caso à parte
A usina binacional Itaipu também contribui para o aumento.
Embora a dívida para sua construção tenha sido quitada em 2023, o preço da energia gerada deveria cair para US$ 11 por kW, mas foi mantido em US$ 19,28 até 2026.
Especialistas estimam que essa diferença representa um custo adicional de US$ 640 milhões por ano, totalizando R$ 11 bilhões no período.
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou medidas como um cashback de US$ 300 milhões para minimizar o impacto, mas os consumidores seguem pagando mais.
Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em alta
Outro ponto crítico é o aumento expressivo na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que concentra subsídios e encargos.
Em 2025, o orçamento da CDE deve atingir um recorde de R$ 40,6 bilhões, com previsão de chegar a R$ 50 bilhões até 2028.
Entre os principais responsáveis estão descontos tarifários (40%), subsídios à tarifa social (15%) e programas de universalização como Luz para Todos (10%).
“Cada nova medida para incentivar energia renovável ou atender populações de baixa renda aumenta o custo para o consumidor comum”, explicou Donato da Silva Filho, diretor da Volt Robotics. Ele ressalta que, apesar de meritórias, essas iniciativas exigem maior controle para evitar distorções.
Medidas provisórias polêmicas
A MP 1.232, aprovada em 2024, prorrogou subsídios para investidores em energia renovável por mais três anos.
Isso adicionou R$ 50 bilhões ao custo final dos consumidores até 2050. Já a MP 1.212, destinada a resolver problemas de geração e transmissão de energia limpa, também não escapou de críticas por falta de transparência.
Quem paga a conta?
Ao final, quem mais sofre com essas medidas é o consumidor final. Seja pelos custos diretos na tarifa ou pelos efeitos indiretos na inflação, a energia elétrica se torna um desafio crescente.
Conforme Lucien Belmonte, porta-voz da União Pela Energia, “o discurso de redução de tarifas não reflete a realidade que vivemos.”
Como você está lidando com os aumentos na conta de luz? Acredita que o modelo atual de subsídios é sustentável? Deixe sua opinião nos comentários!