apresentação na Abimaq do consórcio
Usando da mesma estratégia do Consórcio FLV, a Damen Saab Tamandaré também realizou encontro no último dia 31 de janeiro com potenciais fornecedores.
Foi apresentado o projeto da empresa e houve troca de informações, visando aumentar o conteúdo nacional e melhorar sua proposta visando a vitória na licitação das Corvetas Classe Tamandaré, na qual está entre os quatro finalistas (Short-list) e que tem como construtor o estaleiro Wilson Sons.
A estratégia utilizada pelos dois consórcios, de dar oportunidades para a entrada de mais fornecedores nacionais no projeto, deve-se ao fato de que estamos a poucas semanas do envio das BAFO (“Best And Final Offer”, na sigla em inglês).
Esta fase estava prevista na licitação da Marinha e prevê uma “última e melhor oferta” a ser apresentada, para tal os quatro consórcios restantes esperam melhorar o conteúdo nacional exigido que é de de pelo menos 30% na primeira unidade e de 40% nas três seguintes.
Estes percentuais já foram alcançados na primeira proposta pelas finalistas, mas quem conseguir ampliar este percentual, substituindo fornecedores estrangeiros por nacionais, estará aumentando a competitividade da proposta e consequentemente aumentando suas chances de vitória na licitação.
O aumento no conteúdo local vem em boa hora para toda a cadeia de fornecedores da nossa indústria naval que luta para sair da crise e deve ser visto de maneira mais ampla, como por exemplo, a diminuição do custo ao longo de toda o ciclo de vida das embarcações.
Durante a apresentação do Consórcio Damen Saab Tamandaré, foi detalhada a divisão em módulos para a construção dos navios, que utilizará o projeto Sigma 10514, que já possui unidades em construção e em serviço em marinhas como a do México e da Indonésia.
São seis módulos principais, aos quais se somam outras divisões menores como as de linhas de eixo e domo do sonar:
O planejado é que do segundo ao quarto navio, todos os seis módulos serão construídos no Brasil com montagem no estaleiro Wilson Sons, sendo que na primeira unidade apenas os módulos 3 e 5 serão produzidos na Holanda. Isto deve-se ao fato dos dois módulos serem equipados com sistemas mais críticos, mas com a transferência de tecnologia, serão feitos no Brasil para os demais navios.
O Wilson Sons, o estaleiro construtor do Consórcio também deixou claro que apesar de ser um estaleiro sem experiência em embarcações grandes e militares, já construiu o navio mais complexo de apoio a indústria petrolífera nacional é um estaleiro montador e que tem experiência em sub contratações e está aberto à novos fornecedores.
Outro participante no evento foi a WEG que se juntou, como fornecedora, ao consórcio para fornecer motores elétricos e foi chamada pela sua experiência no fornecimento para a área naval, a qual inclui a Marinha do Brasil, com destaque recente para o programa de submarinos (Prosub).
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