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Com o fim do atual contrato com a Petrobras, empresa boliviana agora mira em outros clientes no Brasil para distribuição de gás natural

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 14/12/2022 às 12:30
E agora? Com o contrato da Petrobras finalizando, empresa da Bolívia possui interesse em fechar outras parcerias no Brasil. Até o momento, há somente dois nomes citados, a CDGN e Tradener, para distribuição de gás natural.
Fonte: Brasil 247

E agora? Com o contrato da Petrobras finalizando, empresa da Bolívia possui interesse em fechar outras parcerias no Brasil. Até o momento, há somente dois nomes citados, a CDGN e Tradener, para distribuição de gás natural.

A Bolívia, com o intuito de valorizar ainda mais o seu gás natural, está com grandes planos para o ano de 2025, já que o contrato com a Petrobras de suprimento firme está chegando ao fim. O objetivo é focar na distribuição do elemento a partir de outros clientes do Brasil, como empresas privadas. Entre os acordos feitos até então, nomes como CDGN e Tradener já aparecem como parceiras fixas da YPFB, a empresa boliviana que traça o seu futuro no Brasil de forma mais ampla.

Expectativa de valorização do gás natural boliviano no Brasil já tem trazido resultados

A valorização pode ser percebida nos números alcançados até então. De acordo com a análise, houve um aumento do percentual de Brent no valor do gás natural boliviano para o limite entre 12% a 19%, o que representa uma perspectiva muito animadora, comparada aos números que iam de 6% a 9%.

Vale lembrar que mesmo que o percentual anterior pareça ser baixo, em valores totais a Bolívia já havia acumulado US$ 3,01 bilhões em receitas com exportações para o Brasil e para a Argentina, até novembro. Por isso, a busca pela valorização do gás natural pode tornar o país cada vez mais uma referência no segmento.

Armin Dorgathen, presidente da YPFB, deixou clara a sua ambição para conquistar esse objetivo. À Red Patria Nueva, ele disse: “Seguiremos sendo um provedor confiável para, a partir de 2025, ter também melhores preços de venda para distribuidores privados ou com a própria Petrobras”, demonstrando que os contratos com iniciativas particulares não anula a parceria que antes existia com a Petrobras.

Além disso, é válido ressaltar que a operação iniciada pela YPFB tem foco não apenas no Brasil, já que a Argentina também é uma parte fundamental para que o objetivo de expandir o gás natural boliviano seja alcançado.

Por isso, as operações contratuais obrigatórias entre Bolívia e Argentina também serão encerradas antes de 2025, assim como no Brasil, como forma de marcar um novo início para YPFB e os contratos fechados até lá.

No entanto, no país vizinho as condições são diferentes. Isso porque está sendo desenvolvido, em solo argentino, o Néstor Kirchner, uma espécie de gasoduto. Entre as vantagens listadas, uma delas é contribuir com uma maior independência da Argentina em relação ao gás natural da Bolívia, amenizando as importações.

Dorgathen tem plano de ação em mente para alcançar os objetivos traçados, após fim de contrato com a Petrobras

Considerando que o ano de 2022 já está chegando ao fim, é esperado que 2023 seja a oportunidade ideal para alçar novos voos para a YPFB. De acordo com Dorgathen, o ano seguinte será marcado pelas chamadas campanhas exploratórias, uma série de investidas feitas pelos profissionais da empresa com o objetivo de encontrar novas parcerias que ajudem o gás boliviano a ser mais valorizado.

Como dito anteriormente, não é algo voltado apenas para o Brasil, com o fim do contrato com a Petrobras, mas também na Argentina, beneficiando a todos. Além disso, a ideia de explorar novas fronteiras possibilita também que a YPFB busque alcançar novos territórios que ainda estão distantes da sua linha de alcance.

Considerando os altos números conquistados até então e a perspectiva de melhoria contínua, isso se mostra como um fator decisivo, principalmente em ocasiões que proporcionem uma concorrência mais acirrada.

Com os contratos já assinados até então, antes mesmo do ano acabar, as chances parecem positivas para a YPFB valorizar ainda mais o gás natural boliviano.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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