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Carros com câmeras gigantes, IA e até camelos: como o Google Maps rastreia você, borra bases militares e cria um mundo virtual em 3D sem que você perceba

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 23/06/2025 às 12:04
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Ferramenta global do Google mudou a forma como nos movemos pelo mundo, combinando satélites, carros, inteligência artificial e usuários para mapear até os locais mais secretos.

O Google Maps é hoje uma das ferramentas mais indispensáveis do cotidiano digital, guiando milhões de pessoas em suas rotinas, viagens e explorações urbanas.

No entanto, poucos conhecem os bastidores dessa tecnologia complexa, que começou de maneira modesta, com carros equipados com câmeras pesadas, e se transformou em uma poderosa rede de dados geográficos em tempo real.

Em vídeo publicado no canal Fatos Desconhecidos, são revelados detalhes fascinantes sobre como o Google transformou sua ambição inicial de organizar as informações do mundo em uma plataforma de navegação global altamente precisa.

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História do Google Maps e sua criação tecnológica

A jornada começou em 1998, quando Larry Page e Sergey Brin fundaram o Google.

Inicialmente um mecanismo de busca, a empresa rapidamente expandiu sua atuação para outros produtos e serviços digitais, como Gmail, Android, Google Drive, YouTube e, claro, o Google Maps.

Este último, lançado oficialmente em 2005, mudou completamente a forma como as pessoas se localizam e se movimentam pelo mundo.

Segundo o vídeo do canal Fatos Desconhecidos, o Google não foi pioneiro no mercado de mapeamento digital.

Outras empresas já haviam tentado oferecer sistemas de GPS, especialmente no início dos anos 2000, quando a internet começava a se tornar mais acessível.

O diferencial do Google, porém, estava na combinação estratégica de tecnologias de empresas adquiridas, como a Keyhole e a Where 2 Technologies.

A primeira trouxe uma vasta biblioteca de imagens de satélite.

A segunda introduziu uma inovação essencial: a possibilidade de navegar em mapas digitais sem precisar recarregar a página da web, recurso revolucionário para a época, em que a conexão era lenta e instável.

Carros do Google, câmeras e mapeamento de ruas

O desenvolvimento do Google Street View marcou um novo capítulo na história da plataforma.

Conforme mencionado no vídeo do canal, os primeiros veículos usados pelo Google carregavam uma câmera com impressionantes 227 kg, montada sobre uma van.

Esses equipamentos foram os responsáveis por iniciar a captura sistemática de imagens das ruas ao redor do mundo.

Hoje, a realidade é bem diferente.

O vídeo também mostra que a tecnologia evoluiu para equipamentos portáteis de apenas 7 kg, transportados até mesmo em mochilas.

A mobilidade se tornou crucial para alcançar áreas de difícil acesso.

Nesses locais, o Google recorre a soluções criativas: bicicletas, motos, camelos e até astronautas já contribuíram com imagens para o banco de dados da empresa.

Inteligência artificial no Google Maps

Com os dados coletados em campo, a etapa seguinte depende da inteligência artificial.

O conteúdo publicado no canal Fatos Desconhecidos destaca que a IA do Google reconhece placas de sinalização, mudanças em construções e até estabelecimentos comerciais recém-inaugurados.

Tudo isso é processado para garantir que o Google Maps permaneça atualizado e confiável.

Essa atualização constante também depende dos próprios usuários.

A técnica conhecida como crowdsourcing — ou coleta colaborativa — permite que pessoas comuniquem mudanças, avaliem estabelecimentos e corrijam informações.

Essa colaboração espontânea garante que mesmo regiões com pouca presença de infraestrutura digital recebam cobertura precisa.

A contribuição dos usuários e os dados em tempo real

Se você já recebeu uma notificação pedindo para avaliar um local após visitá-lo, saiba que está participando, mesmo que indiretamente, da manutenção do sistema.

Conforme explicado no vídeo do canal Fatos Desconhecidos, o Google utiliza os dados coletados por smartphones para monitorar a movimentação em tempo real.

Isso inclui desde horários de pico em restaurantes até o fluxo de trânsito em rodovias.

Embora esses dados sejam anonimizados por meio de uma técnica chamada “privacidade diferencial”, que impede a identificação pessoal dos usuários, a coleta massiva de informações sempre gerou discussões sobre privacidade.

A Alemanha, por exemplo, impôs fortes restrições ao Street View, exigindo que o Google obtivesse consentimento explícito de moradores e permitindo que suas casas não fossem exibidas.

Somente em 2023 o país foi, de fato, adicionado ao sistema.

Locais que o Google Maps não conseguiu mapear

Apesar de sua abrangência global, o Google Maps não consegue alcançar certos territórios.

O vídeo informa que países como a Coreia do Norte seguem fora do alcance da plataforma por questões políticas.

Além disso, ilhas como Moruroa, onde a França realizou testes nucleares, e a instalação Riva Larg, especializada em reprocessamento de combustível nuclear, aparecem propositalmente borradas.

Até bases militares, como a de Anagri, na Grécia, permanecem parcialmente ocultas por questões de segurança nacional.

Monetização do Google Maps e negócios locais

Uma dúvida comum é como o Google lucra com um serviço gratuito para o usuário.

Conforme destacado no vídeo do canal Fatos Desconhecidos, a rentabilidade do Google Maps vem principalmente de empresas que pagam para aparecer em destaque nos resultados de busca.

Restaurantes, hotéis e lojas pagam por publicidade no mapa, promovendo sua marca de forma segmentada.

Estima-se que a plataforma gere mais de 3,5 bilhões de dólares por ano.

Além da publicidade, empresas de logística contratam serviços exclusivos do Maps para rastrear frotas em tempo real, otimizando trajetos e reduzindo custos operacionais.

Imersão e o futuro do Google Maps

A próxima fronteira do Google Maps, segundo o próprio Google, está na imersão.

O objetivo é combinar imagens de satélite, registros de drones e fotos do Street View para criar experiências tridimensionais que simulem visitas reais.

A meta?

Permitir que qualquer pessoa explore o mundo sem sair de casa — tudo isso com precisão visual e contextual jamais vista.

O vídeo do canal Fatos Desconhecidos conclui que essa visão ambiciosa ainda depende de um volume considerável de dados e do engajamento contínuo dos usuários, tornando o papel de cada pessoa essencial para a manutenção e a expansão da plataforma.

E você, já imaginou quantas informações o Google coleta a partir do seu smartphone sem que você perceba?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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