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Brasil pode faturar R$ 150 bilhões por ano no mercado de hidrogênio verde com futuras mudanças no setor de energia, revela estudo da Roland Berger

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 29/01/2023 às 23:26
A diminuição das emissões de gases poluentes fará uma verdadeira transição no mercado de energia ao longo dos próximos anos. O estudo da Roland Berger indica que esse será o momento para o Brasil se tornar líder no ramo do hidrogênio verde.
Fonte: Divulgação

A diminuição das emissões de gases poluentes fará uma verdadeira transição no mercado de energia ao longo dos próximos anos. O estudo da Roland Berger indica que esse será o momento para o Brasil se tornar líder no ramo do hidrogênio verde.

As expectativas da consultoria Roland Berger para o futuro do mercado energético brasileiro são bastante positivas. Um estudo da companhia aponta que o Brasil pode se tornar líder mundial na produção e fornecimento de hidrogênio verde com a transição do setor de energia. O país pode chegar a faturar R$ 150 bilhões por ano no mercado de hidrogênio verde com o aumento do aproveitamento do recurso no cenário global.

Transição no mercado da energia pode transformar o Brasil em um verdadeiro líder no aproveitamento do hidrogênio verde, aponta Roland Berger

Um recente estudo realizado pela consultoria Roland Berger aponta que o Brasil pode chegar a faturar R$ 150 bilhões por ano no mercado de hidrogênio verde ao longo dos próximos anos.

O país é um dos com maior potencial de aproveitamento do recurso, caso invista corretamente no mercado da energia renovável.

Publicada no dia 20 de janeiro, a pesquisa Green Hydrogen Opportunity in Brazil (Oportunidade de hidrogênio verde no Brasil, em tradução livre) destaca o alto potencial do país nos próximos anos.

Apesar disso, é necessária uma mudança no cenário internacional de energia. Isso, pois a Roland Berger prevê o alto faturamento no setor de hidrogênio verde caso o Acordo de Paris seja cumprido conforme o planejado.

Assim, a maior parte da energia consumida no planeta será originária do hidrogênio verde, criando assim um mercado mundial estimado em mais de US$ 1 trilhão em venda direta da molécula.

Esse se tornaria o cenário ideal para o Brasil investir na produção e comercialização do recurso no mercado global de energia.

O estudo da Roland Berger destaca que o consumo de hidrogênio no cenário mundial terá que aumentar pelo menos seis vezes nos próximos 30 anos para alcançar as metas de descarbonização.

Além disso, o consumo de hidrogênio verde terá de passar dos atuais 90 milhões de toneladas/ano para 527 milhões de toneladas/ano a partir de 2050.

No entanto, de acordo com a consultoria, o Brasil tem capacidade suficiente para chegar a esses números no mercado de energia ao longo das próximas décadas.

Brasil já investe nesse mercado e pode se preparar para alcançar projeções do estudo da Roland Berger no futuro

Embora o estudo da Roland Berger possa parecer distante do mercado atual brasileiro, o país já vem investindo no segmento do hidrogênio verde no setor da energia renovável.

No último dia 19, a empresa EDP Brasil fez um evento de lançamento da primeira molécula de hidrogênio verde em grande escala na América Latina, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.

Esse lançamento marcou mais um passo dado pelo país rumo a um mercado global de hidrogênio nos próximos anos.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou na ocasião: “Foi muito importante estarmos aqui nesse momento para podermos reafirmar o nosso compromisso de trabalhar em parceria com iniciativa privada, com os governadores de estado, para poder registrar que estaremos numa empreitada de tornar a matriz energética cada vez mais limpa”.

Dessa forma, o atual ministério do Governo Lula reforça sua posição enquanto um apoiador do segmento das renováveis no país.

Com os esforços necessários nos próximos anos no mercado de energia nacional, o Brasil pode alcançar as projeções realizadas pelo estudo de hidrogênio verde da Roland Berger.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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