Quem pensou em inventar o carro elétrico nunca deve ter imaginado o quanto ele seria necessário atualmente e como essa tecnologia iria favorecer o meio ambiente. Os carros elétricos saíram dos filmes de ficção e começaram a tomar conta das ruas do mundo, atraindo um público seleto que visa um veículo confortável, com tecnologia avançada e que não precisa de combustível para o seu funcionamento.
Entretanto, o que poucas pessoas sabem é que o primeiro a inventar o carro elétrico não vivia nem neste século, mas lá anos atrás já teve a visão de algo revolucionário, não só no setor automobilísticos, como para o meio ambiente.
Como funciona o carro elétrico?
Os veículos elétricos funcionam com eletricidade em vez de queimar combustíveis fósseis. Este mecanismo baseia-se em quatro componentes básicos. As baterias recarregáveis armazenam a energia elétrica que será usada para conduzir o carro. O inversor, por sua vez, converte a corrente contínua em corrente alternada, que é então enviada ao motor de indução. Portanto, a eletricidade aciona o mecanismo do motor, que faz as rodas girarem e o carro se mover. Sem queimar combustível, o carro não faz barulhos irritantes nem produz poluentes. Além disso, o uso da eletricidade permite um melhor aproveitamento da energia, pois o mecanismo do motor está sujeito a menos atrito em comparação com um motor de combustão. Como resultado, a aceleração do carro fica mais leve, o que facilita a condução.
A bateria pode ser carregada de 120V a 220V através de uma tomada residencial e leva até 20 horas para ser concluída. Também existem no mercado dispositivos Wallbox, carregadores de parede que podem ser carregados em 4 horas. Há também estações especializadas em carregamento rápido, que podem ser totalmente carregadas em cerca de 40 minutos. A autonomia do veículo por carga varia de veículo para veículo, dependendo da capacidade da bateria (kWh). Normalmente, uma única carga dura entre 200 Km e 350 Km..
Quem teve a proeza de inventar o carro elétrico?
Os carros elétricos e eletrificados estão cada vez mais ganhando as ruas pelo mundo. A Ford, por exemplo, projeta que até 2030 metade de suas vendas sejam de carros elétricos. No entanto, ao olhar para o passado as sementes dessa ideia foram lançadas na companhia há mais de 100 anos. Em 1913, Henry Ford, fundador da marca, criou um protótipo de veículo elétrico com a ajuda do amigo Thomas Edison, inventor que deu início à revolução elétrica. De acordo com informações divulgadas pela Ford, Henry trabalhou na Edison Illuminating Company, onde conheceu o patrão e foi incentivado por ele a levar adiante o seu projeto de desenvolver um veículo automotor com a tecnologia.
Mais tarde, na mesma época em que a Ford Motor Co. foi fundada, em 1903, Edison desenvolveu a tecnologia de baterias de níquel-ferro para uma variedade de usos. A ideia de Ford era utilizar as baterias de Edison em uma linha de carros elétricos que se chamaria “Edison-Ford” e investiu US$ 1,5 milhão no projeto à época. Porém, eles não conseguiram extrair nesta tecnologia a capacidade necessária para o veículo funcionar a contento e passaram a testar baterias de chumbo, duas vezes mais pesadas.
Ford estava prestes a adquirir 100.000 baterias de Edison para o veículo experimental quando percebeu que ele não poderia competir com os automóveis a gasolina e teve de desfazer o negócio. Porém, a pesquisa de carros elétricos da Ford não parou. No final do século XX outros protótipos foram construídos, como o Comuta, projetado na Inglaterra e nos EUA em 1967, abrindo caminho para um desenvolvimento em escala comercial na década de 90. Foi então que apenas em 1996, a Ford lançou o seu primeiro veículo elétrico com emissão zero desenvolvido para venda: a Ranger. Agora, começa a trazer ao mercado uma geração totalmente nova, com a E-Transit, o Mustang Mach-E e a F-150 Lightning.