Hoje, o hidrogênio surgiu como uma nova solução para tentar diminuir o impacto ambiental das indústrias e fábricas que almejam a neutralização. Por ser um combustível bastante conhecido, algumas pessoas tem algumas dúvidas sobre ele, e uma delas é bem famosa: podemos respirar hidrogênio?

O uso de hidrogênio para fins de combate a poluição é uma tendência extremamente importante, especialmente porque o fornecimento do elemento para empresas cresce mais de três vezes nas últimas quatro décadas, e a expectativa é que aumente cada vez mais.

Grande parte dessa demanda é atendida pela produção de combustíveis fósseis. Hoje, a produção de combustíveis fósseis é responsável pela emissão de cerca de 830 milhões de toneladas de CO2 anualmente na atmosfera, ou seja, algo aproximado das emissões do Reino Unido e Indonésia juntos. A partir dessa realidade, e buscando aprimorar o processo de descarbonização do mundo, o hidrogênio surgiu como uma possibilidade sustentável, mas sem perder a sua essência. Dessa forma, ele tem mostrado que tem força para substituir os combustíveis fósseis e colaborar no processo de combate a poluição.

O que é hidrogênio?

O hidrogênio é um elemento bastante versátil, leve e consideravelmente relativo, o que o faz ser bastante utilizado como combustível. Atualmente, a produção de hidrogênio tem como origem os combustíveis fósseis, mais especificamente parte da vaporização do metano ou da gaseificação do carvão. Dessa forma, o hidrogênio verde é uma opção que produz o H2 de maneira ecologicamente correta, através de um processo chamado eletrólise. Para isso, é feita a aplicação de uma corrente elétrica na água, o que gera a separação entre hidrogênio e o oxigênio.

Como consequência, desde que a corrente possua origem renovável, como energia eólica, hídrica ou solar, o gás produzido possui um impacto negativo extremamente baixo, sendo que a única emissão de carbono ocorre somente na infraestrutura de geração, por isso, ele é conhecido como hidrogênio verde.

Podemos respirar hidrogênio?

Podemos respirar hidrogênio? Bem, a respiração contínua de hidrogênio não é recomendada. Isso porque em caso de inalação, alguns efeitos e sintomas podem aparecer, desde agudos e retardados. Além disso, caso a inalação seja de concentração elevada, causará asfixia na vítima. Dessa forma, além de não perceber a asfixia, o indivíduo ainda perde o seu conhecimento e tem sua função motora afetada.

Além disso, caso o hidrogênio não seja utilizado corretamente, pode apresentar riscos ao ser humano e ao meio ambiente. Por isso, caso seja necessário trabalhar com hidrogênio, deve-se ter em mente que não é viável trabalhar por longos períodos expostos ao gás, nem passar muito tempo em locais confinados com ele. Por outro lado, vale relembrar que o hidrogênio é inflamável, portanto, caso seja manuseado de forma incorreta, o gás pode causar um incêndio e, dependendo da situação, uma explosão.

O hidrogênio apresenta riscos ao ser humano?

Em suma, o hidrogênio só apresenta perigos ao ser humano caso o indivíduo esteja em uma exposição rotineira acima dos níveis tolerados. Dessa forma, o hidrogênio tem como maior risco deslocar o oxigênio do ar, especialmente em locais confinados. Por isso, caso exista uma grande concentração de hidrogênio em um ambiente, haverá uma queda na concentração de oxigênio. Logo, se essa queda chegar a 16% ou menos, a vítima pode ter distúrbios de coordenação motora, com pulso e frequência respiratória afetados. Caso chegue a níveis mais baixos que 14%, a vítima começa a ficar cansada, com dificuldade para respirar e sente forte tontura.

Além disso, em caso de contato com a pele, o hidrogênio pode causar irritação moderada. O mesmo vale para o contato com os olhos. Caso seja ingerido, o hidrogênio costuma causar queimaduras internas, e uma grande sensação de dor no estômago. Em todos os casos, se o indivíduo está há muito tempo em contato com o hidrogênio, ou apresentou sintomas graves devido ao contato, é necessário fazer uma respiração boca a boca, e encaminhá-lo ao centro médico mais próximo.