Historicamente, as ferrovias representaram um meio de transporte funcional e acessível, especialmente para o escoamento de produtos e o transporte de pessoas a longas distâncias. Nesse sentido, é importante saber como esse sistema funciona e, para isso, vamos te mostrar quais são os tipos de ferrovias.
Neste sentido, é comum acharmos que as ferrovias funcionam sempre da mesma maneira. No entanto, elas possuem alguns tipos próprios, que definem como serão suas vias. Além disso, essa categorização ocorre diferentemente em cada país, ou seja, os tipos de ferrovias brasileiros não são as mesmas da Argentina, por exemplo.
Por isso, para que você entenda melhor como é o sistema ferroviário brasileiro, vamos te mostrar os principais tipos de ferrovias, e como elas são definidas pelo Plano Nacional de Viação. Assim, fica mais fácil entender como elas são projetadas e guiadas. Confira abaixo!
Quais os principais tipos de ferrovias?
Atualmente, os tipos de ferrovias podem ser definidos pelo Plano Nacional de Viação, ou por alguma determinação estadual. Confira um pouco de cada tipo:
Ferrovias radiais
Ferrovias radiais é como é chamada a via que tem uma de suas extremidades situada na capital de um estado ou país. Esse nome foi adotado pelo Plano Nacional de Viação, para classificação das vias federais. Além disso, alguns estados também definem as ferrovias radiais.
Em suma, as ferrovias radiais são aquelas que partem de Brasília e rumam em direção aos extremos do Brasil. Devido às regras de nomenclaturas das vias federais, as radiais são identificadas pelo primeiro dígito ‘0’, sendo as outras duas variantes entre 10 e 95.
Ferrovias longitudinais
Ferrovias longitudinais é a nomenclatura aplicada às ferrovias brasileiras que cruzam o país no sentido Norte-Sul.
Ferrovias transversais
Ferrovias transversais é como é nomeado as ferrovias brasileiras que cruzam o país no sentido Leste-Oeste.
Ferrovias diagonais
Ferrovia diagonal é a denominação aplicada pelas ferrovias brasileiras que cruzam o Brasil em dois modos de orientação: nordeste-sudoeste ou noroeste-sudeste.
Ferrovias de ligação
São chamadas de ferrovia de ligação, as ferrovias brasileiras que unem duas ferrovias entre si, ou uma ferrovia a alguma localidade próxima. Além disso, também entram nas ferrovias de ligação às fronteiras internacionais, já que elas não entram em nenhum outro tipo.
Quais são os 3 tipos de esforços em ferrovias?
Para definir como serão as estruturas das ferrovias, é necessário alguns conceitos, também chamados de esforços. Em suma, os esforços que os veículos geram na via permanente não dependem somente das cargas por eixo. Na verdade, os próprios defeitos e imperfeições longitudinais da via permanente geram esforços.
Por outro lado, o choque do friso das rodas durante a locomoção dos veículos também gera esforços que precisam ser analisados. Em suma, os carregamentos podem ser divididos em 3 categorias: verticais, horizontais e transversais. Confira um pouco de cada um deles.
Esforços Verticais
Entre as principais características dos esforços verticais, temos:
- Movimento de trepidação: é causado pela irregularidade, porém com compressão das molas do truque dianteiro e traseiro simultaneamente;
- Carga estática: basicamente, é o peso dos veículos quando estão parados na via;
- Força Centrífuga vertical: se caracteriza como a força resultante dos movimentos em curvas;
- Movimento de Galope: ocorre das irregularidades da via, como juntas ou defeitos;
- Movimento de Balanço (Roulis): esse movimento ocorre pela irregularidade de formas perpendiculares à via, sobrecarregando alternadamente os lados dos veículos ferroviários;
- Repartição desigual: acontece com veículos operando em velocidade superior à projetada na superelevação.
Esforços Longitudinais
Entre os principais esforços longitudinais, pode-se citar:
- Contato dos frisos com trilho: é definido como o atrito no sentido do movimento;
- Dilatação e Retração: resulta em compressão e tração paralelas ao eixo dos trilhos;
- Esforço trator: É uma força de atrito contrária ao deslocamento;
- Golpe da roda no topo do trilho: esse tipo de golpe ocorre nas juntas;
- Frenagem: é definido como o atrito no sentido do movimento.
Esforços Transversais
Nas características dos esforços transversais, temos:
- Movimento de Lacet ou Hunting: esse movimento ocorre pela irregularidade do alinhamento, fazendo a roda se chocar com o trilho, provocando alargamento da bitola;
- Vento: São esforços no sentido transversal à via;
- Força centrífuga: É o esforço criado pela força centrífuga não compensada pela superelevação.