As ferrovias, também conhecidas como via-férreas e estradas-de-ferro, são o meio de transporte base na locomoção de trens sobre carris. Elas foram criadas pelo engenheiro inglês Richard Trevithick no século XIX, onde, inicialmente, eram guiadas por cavalos. Dessa forma, vamos te mostrar como funcionam as ferrovias.
Desde então, o sistema de modernizou, passando a usar carvão e, posteriormente, combustíveis para a sua locomoção. Historicamente, esse meio de transporte sempre foi muito popular por transportar bens, especialmente grãos até meados do início do século XX.
No Brasil, as ferrovias sempre tiveram grande destaque até meados da década de 1960, quando o Governo Federal suspendeu os investimentos no setor para priorizar as rodovias. No entanto, previsões atuais apontam que o setor ferroviário brasileiro deverá passar por uma ampliação até o fim desta década.
Como funciona o transporte ferroviário?
O transporte ferroviário é aquele que funciona através de vagões interligados a uma locomotiva, que os carrega sobre os trilhos de ferro (ferrovias), podendo transportar bens ou pessoas, e usando plataformas de embarque e desembarque.
Esse tipo de transporte é usado, principalmente, para longas distâncias e grandes quantidades de carga, pois possui compartimento para grandes cargas e com menor custo de frete e manutenção. Além disso, esse sistema oferece maior segurança contra furtos, roubos e acidentes, além de possuir poucos gastos e energia.
Por outro lado, uma das vantagens das ferrovias são as suas rotas exclusivas. Dessa forma, elas não sofrem de engarrafamentos e trânsito, como o sistema rodoviário. Em suma, os bens transportados pelo transporte ferroviário são aqueles com baixo valor agregado, como grãos, cana-de-açúcar e alguns combustíveis.
Como está a situação das ferrovias no Brasil?
No Brasil, contamos com uma extensão da malha ferroviária de 28,2 mil km, onde foram transportadas, no último ano, 140 mil toneladas de cargas, com 3.341 locomotivas e 130 mil vagões em circulação. No entanto, mesmo com os impressionantes números, o segmento ferroviário ainda é considerado pouco usado no país.
Atualmente, os principais produtos carregados pelo transporte ferroviário no Brasil são: soja, minério de ferro, carvão mineral, açúcar, grãos, milho, óleo diesel, farelo de soja, celulose e os produtos siderúrgicos.
A malha ferroviária do Brasil é a maior da América Latina em transporte de cargas. No país, temos 3 tipos de bitolas, sendo a larga com 1,6 metro; a métrica com 1 metro e a mistura. Além disso, grande parte da malha ferroviária brasileira se concentra entre as regiões sul e sudeste, sendo usada, principalmente, para o transporte de cargas.
Quais são as vantagens e desvantagens das ferrovias?
Em sumas, entre as principais vantagens do transporte ferroviário, podemos citar o baixo custo de frete, a inexistência de pedágios, menor índice de roubos e furtos, o baixo risco de acidentes, o baixo custo de manutenção, a menor poluição do ambiente, além da vantagem de transportar grandes quantidade a longas distâncias.
No entanto, assim como outros modais, as ferrovias possuem desvantagens, como o tráfego limitado aos trilhos, a malha ferroviária sucateada, a malha ferroviária insuficiente no país, entre outros. Inclusive, esse sistema depende de entrepostos especializados, outra grande desvantagem que ele possui.
Outro ponto negativo é o sistema de bitolas inconsistentes, que podem ser mais largas que outras. Além disso, as ferrovias dependem de outros modais para finalizar a entrega dos produtos, pois conta com pouca flexibilidade nos equipamentos, além de exigir embalagens mais seguras.
Por fim, temos a desvantagem das dificuldades em áreas de aclive e declive acentuado, necessitando um maior investimento na sua infraestrutura e manutenção. Além disso, o descaso das políticas públicas com o setor ferroviário é, provavelmente, o maior problema que o segmento tem no Brasil, já que os governos ignoram os benefícios que ele oferece à população.