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Como é tratado o lixo nuclear?

20 de outubro de 2022 às 11:10
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Como é tratado o lixo nuclear
Como é tratado o lixo nuclear (Foto/divulgação)

O lixo nuclear é definido como os rejeitos radioativos provenientes de usinas nucleares, hospitais, centros de pesquisas, entre outros. Em suma, o material descartado está contaminado com elementos radioativos, como o urânio. Para oferecer riscos à saúde do homem, vamos te mostrar como é tratado o lixo nuclear.

Neste sentido, o lixo nuclear precisa passar por um tratamento adequado, depois deve ser embalado e, por fim, deve ficar armazenado em locais específicos até que sua radiação tenha fim e não ofereça mais riscos. Entretanto, esse período não é fixo, podendo variar de um lixo nuclear para outro.

O que é lixo nuclear?

Como é tratado o lixo nuclear / Canal tvsaoluis – O canal do Colégio São Luís

O lixo nuclear, químico ou radioativo é aquele produzido sobretudo pelas usinas nucleares. Isso porque elas produzem energia elétrica através de materiais altamente radioativos, como o urânio e o plutônio, por exemplo.

Entretanto, elementos radioativos também são usados nas áreas da medicina, engenharia, agricultura, entre outros. Dessa forma, é fundamental que esse material não seja reutilizado, e tenha o descarte correto. Isso porque o contato com esses resíduos levam ao surgimento de diversas doenças, como o câncer, por exemplo.

Quais são os tipos de lixo nuclear?

Além do lixo nuclear, é possível encontrar lixo radioativo em outros tipos de resíduos, tais como:

Lixo Orgânico

Embora o lixo orgânico seja considerado resíduos de origem animal ou vegetal, eles podem conter elementos nucleares, dependendo da sua produção. Em geral, é o tipo de lixo que se decompõe com mais facilidade.

Lixo Hospitalar

O lixo hospitalar é todo resíduo gerado em instalações de saúde, como hospitais, consultórios médicos, laboratórios, bancos de sangue, clínicas veterinárias, entre outros. Geralmente, ele está contaminado com sangue ou outros materiais potencialmente infecciosos.

Lixo Industrial

O lixo industrial é aquele onde os resíduos partem dos mais diversos segmentos industriais. Hoje, ele é um dos maiores responsáveis pelos danos graves ao meio ambiente, pois possuem alta presença de produtos químicos e tóxicos. 

Lixo Eletrônico

Esses resíduos são perigosos, pois contém diversas substâncias tóxicas e metais pesados, como mercúrio, chumbo, cromo e cádmio. Neste sentido, o lixo elétrico contamina solos, águas e até os alimentos.

Lixo Espacial

O lixo espacial é caracterizado como resíduos criados por seres humanos que estão em órbita ao redor da Terra, mas que não possuem mais nenhuma função útil. Como exemplo, temos os dejetos de naves espaciais deixados após o lançamento da mesma.

Hoje, existe uma classificação para cada resíduo radioativo — alta radioatividade, média radioatividade e baixa radioatividade. A partir dessa classificação, eles possuem um destino próprio.

Sendo assim, o lixo atômico de nível médio e baixo são guardados em depósitos provisórios ou permanentes. No caso do lixo nuclear com alta radioatividade, ele é empilhado e armazenado numa piscina de resfriamento, protegida por materiais como aço, concreto e chumbo.

Embora exista uma legislação para descarte do lixo nuclear, esses materiais são altamente tóxicos, ou seja, esses locais de descarte não são realmente seguros. Além disso, locais atingidos pela poluição nuclear são impróprios para habitação, afinal, os dejetos podem levar até 50 anos para se dissipar.

Como é tratado o lixo nuclear?

Basicamente, o lixo nuclear é colocado em recipientes especiais e descartados em locais revestidos de concreto, devendo permanecer confinados entre um prazo que varia de 50 a 300 anos. No Brasil, o descarte do lixo nuclear é feito nas mineradoras e institutos energéticos.

Por outro lado, o descarte feito em cavernas é necessário para lixo nuclear com alto índice de contaminação, como combustíveis de reatores, por exemplo. Assim, essas cavernas são construídas especialmente para abrigar esses dejetos, tendo 800 metros de profundidade.

Em 1987, quando houve o acidente nuclear com Césio 137, em Goiânia, foi necessário criar um repositório, um lugar onde os rejeitos nucleares da catástrofe foram armazenados. Na época, objetos pessoais das vítimas foram confinados e isolados por placas de chumbo, para isolar a contaminação.

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