A princípio, a energia eólica é produzida através das massas de ar em movimento, ou seja, o vento. Para isso, ela é aproveitada pela conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação. Sendo um dos tipos de energia mais comuns, vamos te mostrar como a energia eólica tem sido utilizada no Brasil.
Atualmente, a energia eólica é considerada a “energia do futuro”, afinal, ela não emite gases poluentes nem deixa resíduos no seu processo. Além disso, ela possui um custo de produção baixo a longo prazo, tornando-a uma opção viável para substituir os famosos combustíveis fósseis na geração de eletricidade.
Neste sentido, o Brasil se destaca por possuir uma grande quantidade de ventos. Por isso, nas últimas décadas, o país tem investido fortemente em novas tecnologias para se firmar neste setor. Por isso, vamos te mostrar alguns dados de como a energia eólica tem sido usada no Brasil.
Quais são os benefícios da energia eólica?
Os maiores benefícios socioeconômicos e ambientais da energia eólica ocorre porque ela é renovável, além de causar baixo impacto nas regiões de sua instalação e operação.
Como os parques eólicos não emitem CO2, somente em 2019, mais de 22,85 milhões de toneladas de gás carbônico deixaram de ser emitidas na atmosfera. Conforme dados da ABEEólica, esse valor é equivalente à emissão anual de cerca de 22,7 milhões de automóveis.
Por outro lado, a geração de energia eólica garante renda e melhoria de vida para os donos de terra com o pagamento de arrendamentos, que são tributados, para colocar em operação as torres eólicas.
Por outro lado, a produção de energia eólica coexiste com outras atividades, permitindo que o proprietário siga com plantações ou criação de animais. Dessa maneira, ela também auxilia na permanência no campo e na capacitação de mão de obra local.
Como a energia eólica tem sido usada no Brasil?
A energia eólica já responde como a segunda maior fonte da matriz energética brasileira. Conforme dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a capacidade instalada no país bateu a marca de 16 GW no primeiro semestre de 2021. Isso através de 637 parques eólicos, contendo 7.739 aerogeradores.
Em 2019, o setor eólico investiu R$13,7 bilhões no Brasil, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Além disso, a infraestrutura gerou 55,8 TWh de energia, 15% a mais frente ao produzido em 2018.
Mensalmente, essa quantia é suficiente para abastecer 28,9 milhões de residências em 12 estados. Na prática, isso equivale a uma população de 86,7 milhões de pessoas, considerando três habitantes por casa.
O setor de energia eólica está em expansão no Brasil
O crescimento da indústria eólica brasileira pode ser explicado devido à qualidade e quantidade dos ventos brasileiros. Isso porque eles são mais estáveis, com a intensidade adequada, e sem mudanças bruscas de velocidade ou de direção.
Além disso, existe o fator capacidade (que mede a produtividade dos ventos) acima da média mundial. Em 2019, a capacidade média mundial foi de 34%. No Brasil, o número chegou a 42,8%. Durante a safra dos ventos, que ocorre entre junho até o fim do ano, houve mês com média de 60%.
Os dados foram revelados pela ABEEólica em parceria com Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No levantamento, foi visto que a matriz elétrica brasileira é formada por hidrelétrica (59,6%), eólica (9,3%), biomassa (8,7%), gás natural (8,6%), petróleo (5,2%), PCH e CGH (3,5%), carvão (2,1%), fotovoltaica (1,7%) e nuclear (1,2%).
Por fim, cada vez mais parques eólicas estão em operação no mundo. Em 2020, o Brasil atingiu a 7º posição no Ranking Mundial do Global Wind Energy Council (GWEC). A expectativa é que o país tenha um aumento de 24,2 GW de capacidade instalada até 2024.
