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Quais são as usinas nucleares existentes no Brasil?

19 de outubro de 2022 às 19:22
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Quais são as usinas nucleares existentes no Brasil
Quais são as usinas nucleares existentes no Brasil (Foto/divulgação)

O funcionamento das usinas nucleares depende das propriedades dos átomos de determinados elementos químicos. Em suma, eles permitem que a massa seja transformada em energia. Neste sentido, o Brasil ainda considera produzir eletricidade por energia nuclear, por isso, vamos te mostrar quais são as usinas nucleares existentes no Brasil.

A princípio, as primeiras usinas nucleares surgiram durante a década de 1950. Atualmente, após mais de 70 anos, a Associação Nuclear Mundial (WNA) aponta que 10% da eletricidade mundial é advinda dos mais de 400 reatores nucleares espalhados pelo mundo. Sendo assim, existem mais de 30 países com usinas nucleares operando em seus territórios, onde alguns dependem parcialmente delas.

Quais são as usinas nucleares do Brasil?

Quais são as usinas nucleares existentes no Brasil / Canal Química com Prof. Paulo Valim

A cidade de Angra dos Reis foi a escolhida para abrigar a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto por diversas razões. Primeiramente, a escolha ocorreu pela proximidade do Rio de Janeiro com São Paulo, facilitando a transmissão da energia elétrica produzida para grandes centros urbanos que precisam dela.

Além disso, outro fator para justificar a escolha da cidade é a sua proximidade com o mar. Isso porque a água auxilia no sistema de resfriamento das usinas, ou seja, a medida foi tomada para evitar eventuais desastres nucleares.

A primeira usina nuclear brasileira, Angra 1, iniciou suas atividades comerciais em 1985. Nos primeiros anos de atividades, Angra 1 encontrou diversos problemas em equipamentos, que só foram corrigidos na década de 1990. Desde então, a usina começou a operar acompanhando padrões de desempenho internacionais.

Com potência de 640 megawatts, Angra 1 consegue gerar energia suficiente para abastecer grandes cidades – com mais de 1 milhão de habitantes – como Porto Alegre, por exemplo. Entretanto, a produção nuclear de Angra 1 não está limitada somente à criação de energia elétrica.

Angra 2, a segunda usina nuclear brasileira, iniciou suas atividades comerciais em 2001. Conforme dados da Eletronuclear, a estatal responsável pelas usinas, Angra 2 teve uma alta performance desde o seu início. Assim, o seu funcionamento permitiu economia de água significativa dos reservatórios das hidrelétricas.

Além disso, os relatórios apontaram que Angra 2 consegue produzir 1.350 megawatts, sendo superior a capacidade de Angra 1, podendo atender o consumo de cidades com mais de 2 milhões de habitantes, como Belo Horizonte, por exemplo.

Angra 3: a nova usina nuclear brasileira

Angra 3 será a terceira usina nuclear do Brasil. Até 2022, mais de 60% das obras da usina já foram concluídas, sendo que a Eletronuclear aponta que ela deve iniciar suas operações comerciais em 2026. Em suma, Angra 3 deverá funcionar como Angra 2, equipada com tecnologia alemão e diversas melhorias incorporadas ao longo das atualizações do projeto, como controles digitais, por exemplo.

Quais cuidados são necessários com as usinas nucleares brasileiras?

Embora possuam diversas vantagens, devemos lembrar que as usinas produzem resíduos químicos que, se não forem destinados corretamente, podem se manter radioativos por longos períodos. Assim, o lixo nuclear colocará em risco a saúde humana por milhares de anos. Além disso, reações nucleares descontroladas tendem a contaminar a água e o ar.

Apesar do cenário preocupante, a chance de algum sinistro como esse acontecer é mínima, visto os extensos cuidados com a segurança das usinas. Atualmente, existe certa barreira na criação de novas usinas nucleares no Brasil devido a questionamentos ecológicos e sociais sobre a segurança das atividades.

Veja mais sobre o assunto: Energia Nuclear

Neste sentido, no caso das usinas de Angra, existem diferentes proteções para garantir a segurança das instalações e suas operações. Para isso, existem paredes de concreto e aço envolvendo o circuito primário, além de análises de riscos habituais e outros.

Finalmente, essas medidas não eliminam os riscos da usina, mas reduzem a níveis baixíssimos a possibilidade de sinistros. Inclusive, após 30 anos de operação das usinas de Angra, nunca houve um acidente que ameaçasse os trabalhadores das usinas, a população local ou o meio ambiente.

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