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As 5 marcas de motos que mais acumulam reclamações no Brasil em 2025, segundo dados oficiais do Procon e oficinas especializadas

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 18/08/2025 às 09:46
As 5 marcas de motos que mais acumulam reclamações no Brasil em 2025
Foto: As 5 marcas de motos que mais acumulam reclamações no Brasil em 2025
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Conheça as 5 marcas de motos mais reclamadas em 2025 no Brasil, segundo Procon e oficinas, e saiba como evitar problemas antes de comprar sua moto.

O mercado de motocicletas no Brasil é imenso — são milhões de motos em circulação nas ruas, usadas para trabalho, lazer e transporte diário. E onde há volume, também há problemas. Segundo dados do Procon, oficinas independentes e relatos de motociclistas, há marcas que se destacam negativamente em termos de defeitos recorrentes, manutenção complicada e insatisfação geral.

Neste artigo, você vai conhecer as 5 marcas de motos que mais acumulam queixas em 2025, entender por que aparecem nessa lista e descobrir como evitar dores de cabeça ao escolher ou manter sua moto.

Honda — confiável, mas registrando muitos relatos por volume

Mesmo sendo gigante do setor, a Honda lidera o ranking — e não é por total qualidade, mas pelo enorme número de unidades vendidas. Modelos populares como CG 160, CB 250F e Biz frequentam as oficinas por questões como:

  • freio a tambor que faz chiado ou patina;
  • problemas no sistema de injeção eletrônica, com luzes de emergência e falhas de partida;
  • desgaste da embreagem em uso intenso tipo aplicativo ou motofretes.

Oficinas relatam que, mesmo sendo motos consideradas robustas, o uso severo aliado à manutenção irregular — como óleo inadequado ou atrasado — contribui para o aumento das queixas.

Yamaha — esportividade traz algumas dores de cabeça

A Yamaha, conhecida pela esportividade de modelos como Fazer 150, Fazer 250 e YZF-R3, aparece no ranking por problemas ligados à performance:

  • vio sumsao de óleo básico – como lubrificantes fora do indicado, que geram superaquecimento e falhas;
  • tela digital que apresenta falhas no painel;
  • dificuldades na modulação de embreagem em uso urbano intenso.

Técnicos apontam que, para manter o desempenho esportivo, é crucial usar peças originais e realizar manutenções dentro da rede autorizada, o que nem sempre acontece.

Honda X Yamaha: razão técnica do volume alto

Apesar das queixas, a presença de Honda e Yamaha no topo do ranking reflete mais volume de vendas do que fragilidade real. São marcas consolidadas, com ampla rede de assistência e excelente revenda — o que também vira alvo para reclamações proporcionais ao número de clientes.

Honda CG 160 — detalhes específicos

Dentro da Honda, o modelo CG 160 aparece com destaque nas reclamações por:

  • falhas frequentes na injeção elétrica após 30 mil km;
  • consumo elevado de peças de suspensão em trechos urbanos com piso ruim;
  • barulhos no motor que surgem principalmente após uso intenso em entregas, quando motos são menos cuidadas.

Procons estaduais confirmam que esse modelo é um dos mais citados em registros de reclamações, mas não necessariamente o pior, considerando o uso sobrelotado.

Honda CB 250F — entre potência e reclamações

A também popular CB 250F registra queixas como:

  • superaquecimento do motor em engarrafamento;
  • embreagem com desgaste mais rápido em uso comercial;
  • manutenção cara em comparação a modelos de 150 cc.

A combinação de mais potência e demanda elevadíssima faz com que esse modelo apareça com frequência nos relatórios das oficinas

Diversas marcas médias — Kawasaki, Dafra e Haojue

Embora menos vendidas, marcas como Kawasaki, Dafra e Haojue também figuram entre os mais reclamados por problemas específicos:

  • Kawasaki Z300: barulhos estruturais em altas velocidades;
  • Dafra Next 250: falhas no sistema elétrico e ignição;
  • Haojue DK 150: baixa robustez de suspensão e peças de reposição caras.

Essas marcas enfrentam volume menor, mas têm índices elevados de queixa proporcional — o que indica falhas mais concentradas em design ou assistência.

Por que essas 5 marcas aparecem no ranking?

  • Volume de uso e exposição: quanto mais motos circulando, maiores as chances de problemas e queixas.
  • Manutenção negligenciada: muitos motociclistas sofrem para manter revisões e peças originais em dia, o que acelera defeitos.
  • Aplicações severas: motos usadas em aplicativos de entrega ou trabalho tendem a dar mais manutenção.
  • Rede de assistência: onde há mais concessionárias, há registro proporcional de queixas — o que não significa maior fragilidade.

O que fazer para se proteger e evitar problemas

  • Pesquise o histórico do modelo antes de comprar, especialmente seminovo — fóruns como Moto.com.br e grupos de WhatsApp ajudam muito;
  • Faça revisões regulares com óleo, pastilhas e cabos dentro do previsto pelo fabricante;
  • Prefira peças originais, até nos breves reparos — o custo pode evitar um defect grave depois;
  • Evite uso prolongado sem manutenção, especialmente em atividades exigentes como entregas, que exigem trocas de óleo mais frequentes.

As marcas com mais queixas entre motociclistas — predominadas pela Honda e Yamaha — refletem mais o uso intenso do que fragilidade estrutural delas. O que importa é estar atento, conhecer o histórico do modelo antes de comprar, manter manutenções em dia e usar peças de qualidade. Assim, mesmo as motos mais vendidas do Brasil podem ser companheiras seguras e duráveis por muitos anos

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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