A BP Bunge, joint venture da BP e Bunge no Brasil, anunciou nesta segunda-feira que eliminará gradualmente o uso de fertilizantes minerais em seus canaviais até o ano de 2025, informou a empresa de açúcar e energia.
No entanto, a empresa terá que aumentar o uso de alternativas biológicas que serão desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Aguarda-se que essa medida, que ocorre após a alta dos preços dos nutrientes agrícolas em todo o mundo, consiga eliminar o uso de fertilizantes químicos, incluindo até os dos grupos “NPK”, que é formado por nitrogênio, fósforo e potássio, disse a BP Bunge.
O Brasil que é um grande produtor de açúcar, café, soja e milho e outras commodities, é também um dos grandes importadores de fertilizantes.
- Alerta na ENERGIA! STF avalia decisão que pode encarecer conta de luz em até 50%
- Escassez mão de obra chega ao Brasil e 60% das empresas sofrem para contratar ou reter profissionais
- Fábrica de US$ 12 BILHÕES, ferrovia monumental e 100 MIL empregos no Brasil: China ilude, mas promessas não saem do papel
- Com investimento já realizado de R$ 1 BILHÃO em mina de ouro em Goiás, mineradora britânica extrai 8 mil toneladas de minério bruto por dia!
Na safra da cana 2022/2023, que termina no mês de março, a BP Bunge declarou que conseguiu parar de utilizar fertilizantes nitrogenados em cerca de 100% de sua área plantada de cana, que é de cerca de 50.000 hectares.
A empresa também acrescentou que a substituição de fertilizantes minerais já fez a permissão de aumento na produtividade de cana-de-açúcar entre três e dez toneladas por hectare.
A BP Bunge diz que a iniciativa também aumentou a longitude das plantas em dois anos e reduziu em até 80% a quantidade de cloreto de potássio que a empresa compraria no mercado.
“Os resultados coletados, com a substituição do fertilizante mineral, demonstram incremento de produtividade do canavial na casa de 3 a 10 toneladas por hectares, além de aumentar a longetividade por dois anos e reduzir em até 80% a quantidade de cloreto de potássio adquirido no mercado”, explica o diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia, Rogério Bremm
Até o final deste ano, sete unidades do grupo irão passar a contar com equipamentos para o enriquecimento, tais compostadores carreta e tanque que funcionam como dosadores para o enriquecimento da compostagem.
De acordo com eles, os dejetos bovinos e de aves são fontes de nutrientes e também auxiliam na parte do equilíbrio e enriquecimento do composto orgânico que é resultante da mistura da torta de filtro com cinzas. Essa compostagem ajuda no aumento da produção, em função da substituição de um produto químico por bioferlitizantes, melhorando ainda mais as condições do solo de 10 para 15 toneladas por hectares.
Nesta safra, 9 mil hectares da BP Bunge Bioenergia já foram utilizadas com a mistura. Até o ano de 2025, o plantio todo deverá contar com esses demais compostos, fechando todo um ciclo de plantio com biofertilizantes.
“O uso sustentável da cana-de-açúcar principalmente a partir de seus subprodutos, favorece uma agricultura cada vez mais limpa e regenerativa. Nesse sentido, a BP Bunge Bioenergia está assumindo o protagonismo com práticas em larga escala”, ressalta Rogério Bremm.