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Agora vai: Cientistas agora sabem onde procurar vida em Marte em locais promissores para exploração sob a superfície gelada!

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/10/2024 às 18:19
vida em Marte
Foto: Reprodução

A busca por vida em Marte está prestes a avançar, já que cientistas identificaram locais específicos para explorar sob a superfície gelada. Descubra onde essa busca histórica começará e o que isso representa para a ciência!

A vida em Marte sempre despertou grande interesse e curiosidade na ciência e no imaginário popular. Recentemente, um estudo realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) revelou locais específicos sob as camadas de gelo marciano onde microrganismos poderiam sobreviver, desafiando a ideia de que o Planeta Vermelho seria um deserto completamente inóspito.

Ao longo de bilhões de anos, Marte passou por mudanças drásticas em seu clima, deixando para trás vestígios de rios, lagos e possivelmente oceanos. A superfície, exposta à intensa radiação ultravioleta e com uma atmosfera rarefeita, tornou-se hostil para formas de vida como as conhecemos.

No entanto, o subsolo de Marte ainda pode oferecer condições mais estáveis e protegidas. Segundo a pesquisa do Caltech, a “vida em Marte” poderia existir em bolsões subterrâneos sob o gelo, onde há temperaturas amenas e até presença de água líquida em pequenas quantidades.

Cientistas acreditam que bolsões de água semelhantes podem se formar dentro do gelo de água empoeirado em Marte. Crédito: Kimberly Casey.

Como o gelo marciano pode sustentar Vida em Marte

Pesquisadores mapearam áreas em Marte com potencial para abrigar microrganismos fotossintéticos, uma vez que, abaixo do gelo, eles poderiam encontrar a luz necessária para a sobrevivência e abrigo contra radiação.

Em locais onde o gelo possui de 0,01 a 0,1% de poeira, os micróbios poderiam sobreviver entre 5 a 38 centímetros de profundidade. Em áreas com gelo mais puro, a zona habitável aumenta para até 3,1 metros de profundidade.

O papel da poeira marciana

A poeira que fica misturada ao gelo desempenha um papel crucial na possibilidade de existência de vida em Marte. A presença da poeira ajuda a absorver mais luz solar, aquecendo o gelo de dentro para fora e criando pequenas áreas com condições líquidas, similares a uma estufa.

Esse fenômeno já é observado na Terra e foi destacado por Phil Christensen, da Universidade do Estado do Arizona. Ele explica que “o derretimento de dentro para fora do gelo é um fenômeno comum, onde a luz do sol aquece o gelo ao entrar nessas pequenas bolsas.”

Foco nas latitudes médias

A pesquisa também apontou que as melhores regiões para encontrar sinais de vida em Marte estão entre as latitudes médias do planeta, aproximadamente entre 30 e 50 graus, onde as temperaturas e a exposição ao sol são ideais. Nas regiões polares, as temperaturas são muito baixas para possibilitar o processo de derretimento do gelo, tornando o ambiente hostil até para formas de vida extremófilas.

Acredita-se que as bordas brancas ao longo dessas ravinas na Terra Sirenum de Marte sejam gelo de água empoeirada. Cientistas acham que água derretida pode se formar abaixo da superfície desse tipo de gelo, fornecendo um lugar para possível fotossíntese. Esta é uma imagem de cor aprimorada; a cor azul não seria realmente perceptível ao olho humano. Crédito: NASA/University of Arizona.

Com esses novos alvos em vista, a exploração de Marte em busca de vida está prestes a dar um novo salto. As agências espaciais, como a NASA e a ESA (Agência Espacial Europeia), já preparam missões robóticas e possivelmente tripuladas que poderão perfurar o gelo marciano e investigar esses locais de forma mais detalhada. O rover Perseverance, atualmente explorando Marte, poderá orientar futuros estudos e missões para esses pontos estratégicos.

Entre as missões mais aguardadas está o rover ExoMars, da ESA, planejado para perfurar o solo marciano em busca de sinais biológicos. Além dele, a NASA também estuda o envio de novos equipamentos que possam penetrar o gelo e trazer amostras de volta à Terra.

O futuro da vida em Marte

Por mais que a vida em Marte seja ainda uma hipótese, a perspectiva de encontrar microrganismos no subsolo é fascinante e cada vez mais plausível. A possibilidade de uma vida alienígena, mesmo em forma microscópica, representaria uma descoberta revolucionária para a humanidade e para a ciência, mudando nossa compreensão sobre a capacidade de adaptação da vida.

Enquanto a resposta definitiva ainda não chegou, Marte continua a fascinar e desafiar os cientistas, que, com avanços na tecnologia e exploração espacial, estão cada vez mais perto de desvendar um dos maiores mistérios do universo: a existência de vida em Marte.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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