Estaleiros nacionais se preparam para atender a crescente demanda da Petrobras em busca de inovação no setor marítimo.
A indústria naval brasileira está prestes a receber um impulso significativo. No horizonte de 2024, a Petrobras está determinada a incorporar à sua frota 36 novos barcos de apoio, conforme as recentes declarações de Carlos Travassos, o proeminente diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da gigante petrolífera na OTC Brasil 2023 na última quarta (25/10).
Licitações: Uma Janela de Oportunidades para Estaleiros Nacionais
Os planos da Petrobras vão além de simples aquisições. As licitações propostas são vistas como uma excelente oportunidade de negócios, especialmente para os estaleiros nacionais. Dada a regra da circularização, esses estaleiros têm a vantagem no afretamento, posicionando-os em uma posição favorável para capitalizar sobre esses planos ambiciosos.
No centro dessas contratações, a Petrobras se concentra em três tipos específicos de barcos:
- BYD Changzhou, com impressionantes 200 metros de comprimento, é o novo navio da BYD, projetado para transportar até 7.000 veículos
- Porto de Hamad, uma obra monumental que revolucionou a Logística, Engenharia e o Comércio Marítimo no Oriente Médio
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- PSVs (voltados para o transporte de suprimentos)
- RSVs (com equipamentos para operações remotas)
- ORSVs (especializados no combate a derramamentos de óleo)
A expectativa é alta, com a entrega desses navios de apoio programada para ocorrer em um intervalo de até cinco anos. Para garantir que tudo ocorra conforme planejado, equipes da Petrobras estão ativamente visitando os estaleiros nacionais, avaliando sua capacidade de atender a essa demanda crescente na indústria naval nacional. Como Travassos mencionou em uma recente conferência no Rio de Janeiro, essa iniciativa é uma resposta à idade avançada de algumas embarcações da empresa.
Transpetro e seu papel na revitalização
A expansão não se limita apenas à Petrobras. A Transpetro, uma subsidiária encarregada da logística de petróleo e combustíveis, também tem planos em andamento. Sob a nova liderança de Sérgio Bacci, a empresa delineou estratégias para revitalizar os estaleiros nacionais, com foco na construção de navios-tanque e gaseiros no Brasil.
Enquanto isso, no front das plataformas flutuantes (FPSOs), a Petrobras está em antecipação, aguardando propostas para unidades em locais estratégicos como Barracuda e águas profundas em Sergipe-Alagoas. Com o plano de negócios 2024-2028 prestes a ser lançado, novas licitações para projetos de revitalização também estão no radar.
Concluindo, a Petrobras não está apenas olhando para o futuro, mas também cuidando do presente. Projetos de desmantelamento, como os da P-33 e P-26, já estão em progresso, com contratos firmados com locais como o Porto do Açu, garantindo uma transição suave até o término das licitações enquanto a indústria naval ainda não tem o protagonismo que merece.
Com a Petrobras à frente, o futuro dos barcos de apoio e estaleiros nacionais parece brilhante e promissor.