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Honda, Toyota, Hyundai e Kia têm algo em comum: a bomba de combustível que pode travar o motor em movimento! Veja os sinais e os modelos com reparo obrigatório

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 17/08/2025 às 19:23
Recalls de Honda, Toyota, Hyundai e Kia afetam mais de 5 milhões de carros entre 2024 e 2025 por falha grave na bomba de combustível.
Recalls de Honda, Toyota, Hyundai e Kia afetam mais de 5 milhões de carros entre 2024 e 2025 por falha grave na bomba de combustível.
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Montadoras convocaram mais de cinco milhões de veículos no mundo entre 2024 e 2025 por falhas em bombas de combustível que causam pane súbita e risco de incêndio. Problema atinge modelos populares e exige reparo gratuito em concessionárias.

Entre janeiro de 2024 e agosto de 2025, recalls ligados à bomba de combustível colocaram Honda, Toyota, Hyundai e Kia no topo das convocações mundiais.

Somadas, as campanhas dessas quatro montadoras ultrapassam cinco milhões de veículos e envolvem riscos como apagão do motor em movimento e possibilidade de incêndio.

Donos podem consultar o número do chassi e exigir reparo gratuito na rede autorizada.

A falha é crítica porque interrompe de forma súbita o fluxo de combustível.

Em situações de ultrapassagem ou ao entrar em vias rápidas, o motor pode simplesmente apagar.

Além do risco de colisão pelo perda de assistência de direção e servofreio, trincas e vazamentos atingindo partes quentes do compartimento do motor elevam a chance de fogo.

Muitas ocorrências chegam sem alerta prévio no painel, o que dificulta o diagnóstico e a prevenção.

O que está por trás dos recalls de 2024-2025

Os chamados recentes reúnem dois tipos de problema.

Em parte dos casos, a bomba de alta pressão apresenta trinca ou desgaste, com vazamento e potencial para incêndio.

Em outros, o conjunto de baixa pressão dentro do tanque para de funcionar, provocando engasgos, oscilação de marcha lenta e até estol completo.

Em comum, está o risco operacional elevado e o dever das montadoras de substituir componentes e atualizar módulos sem custo ao consumidor, independentemente de garantia.

Honda: trinca na bomba de alta pressão e risco de fogo

De acordo com o relatório 24V-763 da agência de segurança veicular dos Estados Unidos (NHTSA), modelos como Accord, Civic, CR-V e HR-V podem apresentar trincas na bomba de alta pressão por falha de usinagem.

O defeito permite vazamento de combustível no cofre do motor e, em casos extremos, incêndio.

A campanha inclui mais de 700 mil veículos no mercado norte-americano e também unidades vendidas no Brasil, com início das comunicações ao público em dezembro de 2024.

Os principais anos-modelo listados incluem Accord 2023 e 2024, Civic 2025, além de versões do CR-V Hybrid entre 2023 e 2025 e HR-V Touring.

O reparo previsto é a troca integral da bomba e, quando aplicável, inspeções complementares para checar resíduos de combustível e danos adjacentes.

Toyota e Lexus: expansão do megarecall da Denso

Em 22 de janeiro de 2025, a Toyota anunciou nova ampliação do recall iniciado em 2020 envolvendo bombas de combustível de baixa pressão fornecidas pela Denso.

A atualização adicionou mais unidades e elevou o volume global acumulado para a casa de milhões.

O sintoma típico é perda de potência, engasgos e estol, especialmente em velocidades de cruzeiro.

Entre os modelos adicionais citam-se 4Runner, Highlander, Tacoma e RAV4 de anos anteriores, além de SUVs e sedãs das linhas Lexus, como GX, RX e NX.

A solução técnica consiste na substituição do conjunto da bomba dentro do tanque, ação executada sem ônus.

Em roteiros de atendimento, concessionárias também verificam possíveis códigos de falha e realizam testes de pressão e estanqueidade após a troca.

Hyundai e Genesis: esportivos da divisão “N” com perda total de potência

O recall 24V-528, protocolado nos EUA, abrange 54.647 unidades de Veloster N, Elantra N, Kona N e Genesis G70 fabricadas entre 2019 e 2023.

Documentos oficiais descrevem desgaste na válvula de controle de combustível da bomba de alta pressão, permitindo excesso de combustível e causando apagões repentinos.

Embora muitos casos ocorram em aceleração vigorosa, a perda de potência também pode surgir em uso cotidiano.

Para esses modelos, a rede técnica realiza inspeção da bomba de alta pressão, substituição quando necessário e atualização do software do módulo de injeção para mitigar a recorrência.

Houve determinação de suspensão temporária de vendas de unidades zero quilômetro até a chegada dos novos componentes, com previsão informada para o segundo semestre de 2025.

Kia: Stinger 2.0 T-GDI sob risco de pressurização excessiva

Boletim interno da fabricante, identificado como SC-281, aponta que o pino do regulador de pressão da bomba pode travar na posição aberta, resultando em sobrepressão no sistema.

Essa condição provoca perda súbita de potência, sobretudo em velocidades elevadas, e afeta o Kia Stinger com motor 2.0 T-GDI de 2018 a 2021.

O total global divulgado para a campanha é de 18.224 unidades.

Nos atendimentos, a marca orienta inspeção detalhada da bomba e, conforme o caso, a troca do componente.

A reprogramação do módulo de controle do motor (ECM) integra o procedimento para adequar parâmetros de pressão e entrega de combustível após a substituição.

Sinais, riscos e o que fazer na prática

Motor apagando sem aviso, engasgos em retomadas e marcha lenta irregular são os sinais mais comuns associados às falhas descritas.

Embora a luz-espia nem sempre acenda antes da pane, eventuais códigos de erro podem ficar registrados e ajudar o diagnóstico.

Por segurança, a recomendação é não forçar rodagem com sintomas graves e solicitar remoção do veículo até a concessionária quando o apagão se repete.

No ambiente de oficina, técnicos costumam medir pressão de linha e checar estanqueidade para confirmar o defeito.

Em ocorrências com vazamento, a orientação é interromper o uso imediatamente.

Em cidades com trânsito intenso, o risco se agrava porque a perda de assistência de direção e servofreio aumenta a distância de frenagem e torna manobras de desvio mais difíceis.

Como confirmar se seu carro está no recall

O primeiro passo é localizar o VIN (chassi) no documento do veículo ou no número gravado na base do para-brisa.

Na sequência, é possível consultar os portais de recall das próprias montadoras e os canais oficiais da Senacon/Procon.

Também há bases públicas de outros países, como a da NHTSA, para verificar unidades importadas.

Com a confirmação, o proprietário deve agendar o atendimento na rede autorizada, exigir o protocolo de serviço e guardar o comprovante.

Convém lembrar que reparos de recall são sempre gratuitos e não expiram, mesmo fora da garantia.

A execução inclui peça nova, mão de obra e demais ajustes previstos na campanha.

Se houver fila por falta de componentes, o consumidor tem direito a previsão formal de atendimento e pode acionar órgãos de defesa caso o prazo informado não seja cumprido.

Dúvidas frequentes sobre venda, garantia e atendimento

Veículos com recall pendente podem ser vendidos, mas a pendência costuma reduzir o valor de mercado até a regularização.

Em caso de dano grave — como quebra de motor atribuída à falha de bomba — a responsabilidade objetiva da montadora se aplica.

Para resguardar direitos, é essencial registrar sintomas, datas, orçamentos e histórico de manutenção e, se necessário, procurar o Procon.

O atendimento não precisa ocorrer na mesma concessionária em que o carro foi comprado.

Qualquer representante autorizado da marca é obrigado a executar o reparo, inclusive em outra cidade ou estado.

Ao final do serviço, o dono deve exigir documento detalhando peças substituídas, intervenções eletrônicas e números de campanha realizados.

Por que agir agora

Embora silenciosa, a falha em componentes de combustível pode culminar em pane perigosa. A checagem do chassi leva poucos minutos e evita transtornos que vão de sustos no trânsito a prejuízos altos com mecânica.

Se você tem um dos modelos citados ou percebeu sintomas compatíveis, não espere: confirme o recall e programe o reparo o quanto antes. E você, já consultou o chassi do seu carro ou conhece alguém afetado por essas campanhas?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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