Empresa brasileira surpreende ao fechar acordo milionário com fabricante chinesa de aviões, desafiando Boeing e Airbus e acendendo alerta no setor de aviação internacional.
Em vídeo publicado no canal Construções de Elite, foi revelado que a companhia brasileira Total Linhas Aéreas firmou um contrato com a estatal chinesa COMAC (Commercial Aircraft Corporation of China) para a aquisição de quatro jatos C919.
O investimento, estimado em US$ 360 milhões, marca a entrada do Brasil em uma nova e estratégica fase da aviação global — e pode representar um abalo geopolítico, especialmente para os Estados Unidos.
Crise da Boeing e Airbus favorece novos concorrentes
Segundo o vídeo do canal Construções de Elite, o cenário atual da indústria aeronáutica internacional é marcado por instabilidade.
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A Boeing ainda tenta recuperar sua reputação após os acidentes envolvendo o 737 Max, além de enfrentar novas falhas técnicas em aeronaves como o 787 Dreamliner.
A Airbus, embora em alta demanda, encontra dificuldades em atender prazos de entrega devido a gargalos produtivos.
Essa conjuntura criou uma brecha para que novas fabricantes ganhem terreno.
É neste contexto que surge o C919, desenvolvido pela China com forte apoio estatal.
C919: o avião chinês que desafia os gigantes
De acordo com o que foi exposto no canal Construções de Elite, o C919 é resultado direto do plano estratégico “Made in China 2025”, com objetivo de posicionar o país como potência em setores tecnológicos avançados.
O modelo busca competir com o Boeing 737 e o Airbus A320, oferecendo maior eficiência energética, menores custos operacionais e tecnologias inovadoras.
Entre os diferenciais do jato estão o uso de materiais compostos leves, sistemas com inteligência artificial para otimização de voo e uma promessa de redução de emissões em até 20%.
O avião, no entanto, ainda depende de certificações internacionais e utiliza diversos componentes fabricados por empresas da França, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.
Total Linhas Aéreas aposta no C919
Em trecho do vídeo, o canal Construções de Elite destacou que a Total Linhas Aéreas opera atualmente com aeronaves de carga com idade média de 29,4 anos — incluindo cargueiros Boeing 727 e 737 convertidos.
A compra dos C919 faz parte de uma necessária estratégia de modernização da frota.
A escolha pelo modelo chinês foi motivada por três fatores principais: menor custo por unidade (cerca de US$ 90 milhões), prazos de entrega mais curtos e um pacote de financiamento altamente atrativo do Banco de Desenvolvimento da China, que cobre até 80% do valor com prazos de até 12 anos.
Brasil pode abrir caminho para a China na América Latina
Como apontado no canal Construções de Elite, a decisão da Total pode representar uma abertura de mercado para a China na América Latina.
O Brasil, embora sede da Embraer, ainda depende de fabricantes estrangeiros para aeronaves de grande porte.
Esse movimento pode incentivar a diversificação no setor aéreo brasileiro, aumentar a concorrência e até reduzir tarifas.
Além disso, sinaliza o fortalecimento de uma parceria sino-brasileira na aviação, com potencial de desdobramentos comerciais mais amplos.
Comparativo entre o C919, Boeing 737 e Airbus A320
O vídeo também detalha como o C919 se posiciona tecnicamente: sua capacidade varia entre 158 e 174 passageiros, com alcance de 4.075 km.
Embora inferior ao alcance dos rivais Boeing 737 Max (6.570 km) e Airbus A320neo (6.300 km), o modelo chinês se destaca pelo custo operacional competitivo e pela rápida disponibilidade para entrega.
Porém, ainda enfrenta obstáculos sérios: falta de certificação em países ocidentais, pouca infraestrutura de suporte fora da China e dúvidas sobre confiabilidade técnica devido à dependência de peças estrangeiras.
Avanço da indústria aeronáutica chinesa
O canal Construções de Elite também ressalta que o programa C919 consumiu cerca de US$ 49 bilhões e simboliza o esforço chinês por autonomia tecnológica.
Embora o “Made in China” ainda dependa de componentes externos, há avanços para nacionalizar sistemas essenciais como motores e trens de pouso.
A chegada do C919 representa um desafio direto à hegemonia da Boeing e da Airbus, que já trabalham em novas estratégias para preservar seus mercados — incluindo inovação, ajustes de preços e melhorias logísticas.
O futuro da aviação comercial global
Por fim, o vídeo destaca que a popularização de aviões como o C919 pode democratizar o transporte aéreo, especialmente em regiões como América Latina, África e Sudeste Asiático.
Se as promessas de conforto, sustentabilidade e economia se confirmarem, o impacto pode ser profundo tanto para companhias aéreas quanto para os passageiros.
E você, acredita que o Brasil deve abrir mais espaço para novos fabricantes na aviação ou manter sua dependência dos gigantes tradicionais?