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Projeto de Lei que retira preferência da Petrobras em leilões de petróleo avança no Senado

Publicado em 11/06/2025 às 17:54
Proposta altera regras da exploração do pré-sal e visa ampliar concorrência nos leilões de blocos de petróleo. Petrobras perderia direito garantido por lei desde 2010; texto segue para nova análise.
Proposta altera regras da exploração do pré-sal e visa ampliar concorrência nos leilões de blocos de petróleo. Petrobras perderia direito garantido por lei desde 2010; texto segue para nova análise. Fonte: Agência Senado.

Proposta altera regras da exploração do pré-sal e visa ampliar concorrência nos leilões de blocos de petróleo. Petrobras perderia direito garantido por lei desde 2010; texto segue para nova análise.

Na última terça-feira, 10, um importante Projeto de Lei (PL) que altera as regras da exploração do petróleo no Brasil deu mais um passo no Congresso. A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou o PL 3.178/2019, que retira da Petrobras o direito de preferência nos leilões de blocos de petróleo sob o regime de partilha de produção no pré-sal. A proposta ainda será analisada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O projeto, originalmente apresentado pelo ex-senador José Serra (PSDB), é relatado pelo senador Marcos Rogério (PL-RO) e promove uma mudança significativa no marco regulatório da exploração petrolífera nacional.

Segundo o relator, a intenção é tornar o ambiente mais atrativo para novos investimentos e corrigir distorções que limitam a competitividade nos certames realizados pelo governo.

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Petrobras pode perder protagonismo na exploração do pré-sal

Desde 2010, a Petrobras detém, por lei, o direito de preferência para atuar com pelo menos 30% nos consórcios de exploração sob o regime de partilha, além de ser operadora dos blocos licitados mesmo sem apresentar a melhor proposta financeira.

Com a nova proposta, esse dispositivo seria revogado, abrindo espaço para maior competição nos leilões de blocos de petróleo e permitindo que empresas privadas tenham acesso direto aos campos.

A medida, segundo defensores do texto, pode gerar maior arrecadação pública, acelerar o desenvolvimento de áreas pouco atrativas no atual modelo e fomentar a geração de empregos e renda.

“Se a mudança de regime de partilha para concessão viabilizar o aproveitamento desses blocos “encalhados”, ganham todos: União, estados, trabalhadores e empresas. Trata-se de transformar petróleo enterrado em riqueza de fato”, afirmou Marcos Rogério.

CNPE terá autonomia para escolher entre partilha e concessão

Outro ponto central do Projeto de Lei é a transferência da competência para definir o regime de exploração – partilha ou concessão – ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

O órgão, com o apoio técnico da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), poderá analisar caso a caso o modelo mais vantajoso para o país, considerando critérios técnicos, geológicos e de retorno social.

Essa flexibilidade é vista como estratégica para destravar áreas ainda não exploradas, como as localizadas na chamada Margem Equatorial, região com alto potencial energético.

Durante a votação, o senador Marcos Pontes (PL-SP) também se posicionou favoravelmente ao projeto, destacando que o Brasil possui tecnologias de ponta para garantir a segurança ambiental da exploração.

“Todas às vezes em que se fala sobre isso há inúmeras preocupações ambientais, mas temos tecnologias, das melhores do planeta, para que possamos explorar esse petróleo e trazer riqueza para o país. Esse projeto melhora o que tem sido feito, para que possamos partilhar a riqueza do petróleo com mais equilíbrio”, declarou.

Segundo ele, o texto representa uma modernização da legislação e fortalece a soberania energética brasileira, ao permitir que a União escolha a forma mais rentável e eficiente de exploração para cada bloco de petróleo.

Impacto esperado nos próximos leilões de blocos de petróleo

Com a mudança no horizonte, especialistas do setor avaliam que os próximos leilões de blocos de petróleo podem se tornar mais competitivos, atraindo empresas internacionais que antes evitavam o Brasil devido às regras restritivas da Petrobras.

As últimas rodadas sob regime de partilha, de fato, registraram baixa adesão, o que acendeu um alerta no governo e no Congresso sobre a necessidade de revisar o modelo.

Para o senador Marcos Rogério, a modernização do marco legal é um passo essencial para destravar o setor e garantir que os recursos naturais do país se convertam em benefícios concretos para a população.

“As últimas rodadas de partilha de produção têm registrado baixa adesão. A alteração legal pode impulsionar a competitividade e garantir melhores resultados para o país”, finalizou.

Fonte: Agência Senado

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Andriely Medeiros de Araújo

Sou graduanda e atuo como redatora no Click Petróleo e Gás, onde escrevo sobre vagas, concursos, cursos, indústria e temas relacionados. Com cerca de dois anos de experiência na área, já publiquei mais de 3.500 artigos em diversos sites e, diariamente, me dedico a produzir conteúdos informativos e verídicos. Tenho uma grande paixão pela escrita, leitura e cinema.

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