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Quem ganha mais: engenheiro ou advogado? Pesquisa acaba com discussão e mostra quem tem a maior renda

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 01/06/2025 às 14:32
Pesquisa inédita mostra que engenheiros ganham mais que advogados, com alta empregabilidade, valorização e crescimento no mercado brasileiro atual.
Pesquisa inédita mostra que engenheiros ganham mais que advogados, com alta empregabilidade, valorização e crescimento no mercado brasileiro atual.
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Dados inéditos revelam o panorama atual dos engenheiros no Brasil, mostrando evolução salarial, crescimento profissional e desafios da carreira, enquanto o mercado demanda cada vez mais qualificação, revelando um cenário promissor e em transformação constante para a engenharia.

Uma pesquisa inédita realizada entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025 revelou dados surpreendentes sobre a renda dos profissionais de engenharia no Brasil e colocou fim a um debate antigo: quem ganha mais, engenheiro ou advogado?

Conforme o levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), cerca de 70% dos engenheiros registrados possuem uma renda familiar superior a cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 7.590 em 2025, superando não apenas a média nacional, mas também outras profissões tradicionais, como a advocacia, em que apenas 48% dos profissionais ultrapassam esse patamar salarial.

Os dados confirmam que a engenharia, muitas vezes vista como uma profissão técnica e de alta complexidade, tem alcançado um patamar de valorização financeira significativo, impulsionado pelo crescimento econômico e pela necessidade de inovação estrutural no país.

Enquanto a média da população brasileira com renda superior a cinco salários mínimos é de apenas 25%, o universo dos engenheiros demonstra um cenário bem mais favorável.

O levantamento detalha ainda que o tempo de atuação impacta diretamente nos ganhos desses profissionais.

Entre aqueles que estão nos primeiros cinco anos de carreira, 41% já recebem acima de cinco salários mínimos.

Esse percentual sobe para 55% entre os que têm de cinco a dez anos de experiência e chega a impressionantes 67% entre os profissionais com mais de uma década no mercado.

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Outro dado que chama atenção é o crescimento da renda ao longo dos anos.

Conforme aponta o Confea, os profissionais mais jovens, entre 18 e 24 anos, que estão na fase de formação ou início da carreira, já têm remuneração equivalente a pelo menos dois salários mínimos.

Porém, a maior transição salarial ocorre entre os 30 e 34 anos, momento em que a maioria ultrapassa a barreira dos cinco salários mínimos.

Essa pesquisa, feita com 48 mil profissionais das áreas de Engenharia, Meteorologia e Geociências em todo o Brasil, foi realizada pela empresa Quaest e possui um índice de confiança de 95%, com margem de erro de apenas 1 ponto percentual.

Isso garante a robustez dos dados apresentados, que agora trazem um panorama mais claro e atualizado do mercado de trabalho para os engenheiros.

📊 Tabela 1: Comparativo de Renda Familiar – Engenheiros x Média Nacional x Advogados

Categoria% com Renda Familiar Acima de 5 SM
Engenheiros70%
Advogados48%
Média da População Brasileira25%

Mercado em expansão e alta empregabilidade

O mercado de trabalho para engenheiros está em franca expansão, com uma demanda por profissionais qualificados que ultrapassa a oferta.

Segundo a pesquisa, 92% dos profissionais registrados no Confea estão ativos, e 78% deles atuam diretamente em suas áreas de formação, demonstrando uma forte conexão entre capacitação e emprego.

A taxa de empregabilidade dos engenheiros também é superior à média nacional.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas empregadas no Brasil em idade ativa foi de 59% em dezembro de 2024, significativamente menor que os 92% registrados entre os engenheiros.

Conforme a pesquisa, a forma de contratação dos engenheiros evolui com a experiência.

Enquanto a maioria dos iniciantes começa com contratos formais via carteira assinada (CLT), cerca de 70% dos profissionais com mais de cinco anos na área mantêm essa forma de vínculo.

Entre os engenheiros mais experientes, com mais de dez anos, o número de empresários chega a 20%, refletindo uma maior autonomia e capacidade empreendedora.

📊 Tabela 2: Evolução da Renda dos Engenheiros com Experiência

Tempo de Experiência% com Renda Acima de 5 SM
Até 5 anos41%
De 5 a 10 anos55%
Mais de 10 anos67%

Valorização e desafios da engenharia

Apesar das perspectivas promissoras, o presidente do Confea, Vinicius Marchese, destaca a necessidade de maior valorização da profissão na sociedade brasileira.

Segundo ele, a pesquisa derruba o mito de que a engenharia está saturada no mercado.

Marchese enfatiza que o desenvolvimento econômico e estrutural do Brasil depende diretamente do fortalecimento e do reconhecimento dos engenheiros.

Para impulsionar o desenvolvimento do país, precisamos entender o pensamento dos profissionais técnicos responsáveis por tirar projetos do papel. Essa é a primeira vez que temos dados que nos permitem dimensionar os desafios enfrentados pela área tecnológica brasileira”, afirma o presidente do Confea.

Além dos ganhos financeiros, a satisfação profissional também foi abordada no estudo.

Cerca de 60% dos entrevistados dizem estar satisfeitos com seu trabalho, destacando a boa convivência com colegas, estabilidade no emprego e reconhecimento pelas suas funções como os principais fatores.

Por outro lado, 40% dos profissionais expressam insatisfação, principalmente por questões como excesso de carga horária e a falta de valorização adequada, problemas que permanecem como desafios a serem enfrentados pelo setor.

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Transformação e otimismo no setor

Graziele Silotto, analista responsável pelo estudo e gerente de Inteligência da Quaest, ressalta que o mercado de engenharia no Brasil está em processo de transformação profunda.

A categoria mostra sinais claros de renovação, com maior diversidade e um posicionamento forte no mercado. No entanto, o desafio está na valorização da carreira e na necessidade de uma atuação institucional mais próxima e relevante para os profissionais”, afirma.

📊 Tabela 3: Situação Profissional dos Engenheiros Registrados

Situação Profissional%
Ativos na profissão92%
Ativos na área de formação78%
Início de carreira (CLT)70%
Empresários com mais de 10 anos20%

Outro ponto relevante apontado pela pesquisa é o otimismo do setor.

Mais da metade dos engenheiros, 55%, acreditam no avanço da profissão, especialmente em relação à remuneração justa, às oportunidades de crescimento e à melhoria das condições de trabalho.

Comparando com a advocacia, que também é uma profissão tradicionalmente valorizada, o estudo reforça que os engenheiros têm hoje um cenário mais promissor no quesito renda familiar.

Além do fator salarial, o campo da engenharia apresenta maior empregabilidade e oportunidades crescentes, impulsionadas por setores estratégicos como infraestrutura, tecnologia, energias renováveis e inovação industrial, que estão em destaque na agenda econômica do país para 2025.

Você acha que a valorização dos engenheiros no Brasil tem avançado o suficiente? O que poderia ser feito para melhorar ainda mais a carreira desses profissionais?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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