Mesmo esquecidos nas concessionárias e pouco valorizados na revenda, alguns carros que ninguém quer continuam entregando conforto, confiabilidade e custo-benefício surpreendentes. De Fiat Stilo a Ford EcoSport, esses modelos mostram que o mercado de usados ainda guarda boas oportunidades para quem pesquisa com calma.
Há carros que, por fama ruim ou versões problemáticas, acabam sendo injustamente colocados de lado. Os chamados “carros que ninguém quer” muitas vezes escondem boas mecânicas, preços acessíveis e manutenção simples, oferecendo um retorno muito acima do esperado. No mercado de usados, essa percepção negativa costuma ser mais forte do que os fatos.
Em muitos casos, o problema não está no carro, mas na imagem que ele carrega. Desvalorização, motores específicos e histórico de versões ruins bastaram para que modelos competentes fossem esquecidos. A seguir, conheça cinco carros que ninguém quer, mas que continuam sendo opções honestas e vantajosas para quem busca um veículo de bom custo-benefício.
5º lugar: Ford EcoSport (1ª geração – 2003 a 2012)

O Ford EcoSport da primeira geração é um dos casos mais clássicos de má reputação causada por uma versão específica.
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O modelo 1.0 superalimentado, pesado e pouco eficiente, marcou negativamente o carro no início dos anos 2000. Ainda assim, as versões 1.6 e 2.0 se mostraram resistentes e fáceis de manter.
Com peças amplamente disponíveis e boa durabilidade mecânica, o EcoSport é uma compra racional para quem busca um SUV compacto acessível.
A desvalorização que afastou compradores é a mesma que hoje o torna um dos melhores negócios do segmento de usados.
4º lugar: Renault Symbol (2009 a 2013 no Brasil)

O Renault Symbol teve vida curta no Brasil, mas conquistou um público fiel.
Com motor 1.6 e mecânica compartilhada com o Clio Sedan, o sedã oferece conforto, espaço interno e baixo custo de manutenção.
Apesar da aparência discreta e da revenda lenta, é um carro confiável e barato de manter, ideal para uso urbano e viagens ocasionais.
Encontrado por valores entre 12 e 18 mil reais, o Symbol entrega ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos, além de desempenho equilibrado.
É um dos sedãs mais subestimados do mercado, especialmente para quem busca economia e simplicidade sem abrir mão de conforto.
3º lugar: Peugeot 206 (1999 a 2008 no Brasil)

O Peugeot 206 carrega o estigma dos carros franceses, mas quem o conhece bem sabe que sua mecânica é robusta e durável.
O motor 1.4 8V é o mais equilibrado, unindo economia e desempenho razoável.
Os principais problemas estão ligados à falta de manutenção preventiva, algo comum em carros mais antigos e baratos.
Com preços entre 6 e 15 mil reais, o 206 oferece itens que ainda surpreendem, como ar digital e direção leve.
É um hatch ágil, confortável e muito barato de manter, desde que se tenha um mecânico familiarizado com a marca.
2º lugar: Volkswagen Polo (2002 a 2012, geração 9N/9N3)

O Volkswagen Polo dos anos 2000 é um exemplo de carro injustiçado pela própria posição de mercado.
Ele nasceu para ser superior ao Gol, mas ficou entre segmentos, confundindo o público.
Resultado: desvalorizou rápido, mesmo com excelente qualidade construtiva e mecânica confiável.
Com motor 1.6 8V e boa durabilidade, o Polo entrega conforto e desempenho sólido.
Os preços variam de 10 a 25 mil reais, dependendo do ano e da versão.
Quem procura um carro equilibrado e sem surpresas encontra no Polo uma das melhores opções esquecidas do mercado.
1º lugar: Fiat Stilo (2002 a 2010)

O Fiat Stilo é o grande símbolo dos carros subestimados no Brasil.
Suas versões com câmbio automatizado Dualogic mancharam a reputação do modelo, mas a opção com motor 1.8 8V da GM é confiável, forte e barata de manter.
O Stilo entrega conforto, desempenho e um interior de padrão acima da média, com direção elétrica e ótimo acabamento.
Desvalorizado no mercado, o Stilo oferece hoje o melhor custo-benefício da categoria.
É um carro com bom comportamento dinâmico, manutenção acessível e conforto digno de modelos superiores.
Quem ignora o estigma e escolhe a versão certa leva um hatch de excelente qualidade por menos de 20 mil reais.
A lição dos carros que ninguém quer
O mercado de usados é cheio de oportunidades, e os carros que ninguém quer são um exemplo claro disso.
Por trás da má fama, há modelos competentes, bem construídos e de manutenção simples.
A chave é conhecer a versão, entender o histórico e comprar com critério técnico.
Esses veículos mostram que o preconceito automobilístico ainda dita parte das escolhas dos consumidores, mas que a informação continua sendo o maior diferencial na hora de comprar bem.
Você teria coragem de comprar um desses carros que ninguém quer? Qual deles te surpreendeu mais? Deixe sua opinião nos comentários e conte qual modelo esquecido você ainda considera uma boa compra.



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